Na posição de vice-líder da Prefeitura na Câmara Municipal, Michel diz cobrar as ações do Executivo. Foto: Reprodução/YouTube.

Atual vereador por Fortaleza e presidente municipal do Cidadania na capital cearense, Michel Lins entende que uma parcela grande dos pleiteantes a edil não sabe a real função do legislador.

Parlamentar no primeiro mandato na Câmara Municipal, ele também alerta para o fato dos partidos “jogarem os candidatos”, sem lhes dar um suporte para o pleito. Outro ponto observado por Lins é a falta de assistência, na maioria das câmaras municipais afora, para preparar o candidato recém-chegado, em relação ao entendimento de assuntos como regimento interno e outros temas de interesse do mandato.

Diante de uma realidade especial provocada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19), o vereador acredita que a tecnologia será usada como instrumento nas Eleições Municipais de 2020. Além disso, aqueles que mais trabalharam junto a um grupo, terão mais facilidade de angariar votos.

Trabalho como vereador

“Legislar, fiscalizar e representar”. Estes três verbos no infinitivo representam o real papel do edil, segundo Lins. Michel diz não estar dentro de um método antigo de angariar votos, onde o cidadão se aproxima do candidato para pedir o pagamento de boletos e outras dívidas. “É uma prática da política antiga e vem sendo quebrada. Na época, inclusive, muitos vereadores não tinham condição de tirar muita obra do papel, com a Prefeitura. Então, era mais fácil dar o cimento, pagar”, explica.

Não é papel do vereador pagar luz e água

Ele entende também, ao atuar como legislador, o candidato à reeleição fica sabendo “100%” sobre o trabalho de um homem público. “100% [dos políticos] saem sabendo o que realmente faz e os mecanismos. Porém, se ele executa ou não, é outro assunto. Mas, entendendo e compreendendo, e sabendo dos instrumentos, sabem 100%”, acrescenta.

Dados

Michel Lins apresentou dados colhidos em suas pesquisas: 1.074 candidatos concorreram a uma das 43 vagas para vereador na CMFor, 92 tiveram mais de 3.500 votos, 179 obtiveram de 3.000 a 1.000 votos e cerca de 800 alcançaram menos de 1.000 votos. “Apenas 10% dessas pessoas conseguem uma votação expressiva”, explicou. Em complemento aos números, Michel diz que situação do partido define 70% das condições do postulante ser reeleito ou não.

Confira a entrevista concedida pelo vereador Michel Lins ao jornalista Edison Silva: