44 vetos presidenciais serão analisados pelo Congresso Nacional. Foto: Agência Senado.

De acordo com nota divulgada pela presidência do Senado, o Congresso vai se reunir nesta quartafeira (12) para analisar 17 vetos presidenciais e dois projetos de lei que abrem crédito suplementar para ministérios. Os deputados vão iniciar a votação a partir das 10h, enquanto os senadores analisarão os dispositivos a partir das 16h.

Os líderes partidários definiram em reunião nesta terça-feira (11) que o Congresso Nacional realizará três sessões para análise de todos os vetos presidenciais. Eles decidiram ainda pautar para o dia 20 de agosto a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 26/20) que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

O líder do PDT, senador Weverton (MA), informou em suas redes sociais que a análise dos vetos pelo Congresso será feita em ordem cronológica. Além da votação nesta quarta-feira, os congressistas se reunirão nos dias 19 de agosto e 2 de setembro. “Agora no mês de agosto e em setembro nós iremos analisar todos os vetos presidenciais que estão pendentes”, disse Weverton em vídeo publicado numa rede social.

Ainda nesta quarta-feira os congressistas iniciam a análise a partir do Veto 56/2019, com 24 dispositivos barrados por Bolsonaro ao “Pacote Anticrime” (PL 6.341/2019).

No total, 44 vetos aguardam a deliberação do Congresso Nacional.

Entre eles, alguns relativos a propostas aprovadas pelo Parlamento para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), como o Veto 3/2020, que retirou dispositivos do projeto que libera auxílio financeiro a trabalhadores informais afetados pelo coronavírus (PL 1.066/2020, que deu origem à Lei 13.982, de 2020). Outro dispositivo vetado pelo presidente da República e que aguarda análise dos congressistas é o Veto 26/2020, que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até dezembro de 2021.

Fundeb

A data de 20 de agosto para a votação da PEC 26/2020, que torna permanente o Fundeb e amplia a participação da União para 23%, foi anunciada pelo líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP). A matéria é relatada pelo senador Flávio Arns (Rede/PR), que já proferiu parecer favorável.

A proposta precisa ser aprovada em dois turnos de votação, obtendo pelo menos 49 votos favoráveis em cada turno. Se ela for modificada, retornará para nova análise da Câmara dos Deputados, que aprovou o texto no dia 21 de julho. O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil e, pela Constituição Federal, expira no dia 31 de dezembro de 2020.

Com informações da Agência Senado.