Evandro Leitão, autor do projeto, lamenta que Ceará seja hoje o primeiro do Nordeste e o quinto do País em casos de atentado contra a vida. Foto: ALECE.

Às vésperas do início do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará aprovou projeto de lei que institui o programa educativo de sensibilização para combater o uso das mídias sociais e jogos eletrônicos que induzam crianças e adolescentes à violência, à automutilação e ao suicídio.

A autoria é do deputado estadual Evandro Leitão (PDT), que em 2019 presidiu na Casa a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Combate à Depressão e ao Suicídio.

Estão entre os objetivos do programa combater a propagação desses jogos, conscientizar os alunos sobre o valor da vida, prevenir práticas de automutilação e suicídio, envolver docentes e equipes pedagógicas na proposta de sensibilização no ambiente escolar, disseminar informações sobre os perigos das redes sociais e jogos que propagam a violência e orientar familiares sobre a importância de observar mudanças de comportamento dos jovens.

O projeto aprovado prevê que o programa deve ser desenvolvido pelas escolas públicas e particulares com a participação de toda a comunidade escolar. Poderão ser realizados seminários, palestras, oficinas, vídeos e rodas de conversas nessa estratégia de sensibilização.

A matéria aponta que as escolas precisam fornecer suporte social e psicológico às crianças e adolescentes que porventura já tenham aderido a esses jogos.

De acordo com o autor do projeto, as instituições de ensino devem incluir no calendário letivo um dia do mês para tratar do assunto.

“Sugerimos no nosso projeto que a sociedade civil, a partir de organizações sociais e voluntários, possa se envolver nessa sensibilização. Acreditamos que essa é uma responsabilidade de todos para preservar a saúde e a vida das crianças e dos jovens cearenses”, afirma.

Evandro Leitão lembra que o Ceará ocupa um preocupante lugar no ranking nacional: é o primeiro do Nordeste e o quinto do país em casos de atentado contra a vida.