Deputado diz que André Fernandes foi vítima de “pegadinha”. Foto: ALECE.

Minutos após a votação que definiu a suspensão de 30 dias do mandato do deputado André Fernandes (Republicanos), o deputado Delegado Cavalcante (PSL) voltou a afirmar que o parlamentar foi vítima de uma “pegadinha”, ao declarar que a pessoa que teria passado para ele a denúncia contra Nezinho Farias (PDT), era uma assessora do próprio Nezinho.

Segundo Cavalcante, é muito estranho que a mulher que trouxe essa denúncia contra Nezinho, que se dizia apoiadora de André Fernandes, hoje seja aliada do deputado do PDT de Horizonte. Na última sessão presencial, quinta-feira (13) da semana passada, Cavalcante já havia levantado essa questão ao dizer que a pessoa que levou as informações para Fernandes, “hoje é assessora” do Nezinho.

Nesta quinta-feira (19), Cavalcante, depois da votação, no momento de justificar o voto, da sua bancada apontou para Nezinho recomendando que ele demitisse “essa mulher que está ao seu lado”, pois foi ela quem levou a denuncia contra você para o André. Cavalcante também pediu que Nezinho se pronunciasse sobre a questão. O pedetista chegou a fazer menção de que falaria, mas diversos colegas de partido sinalizaram contrariamente e ele desistiu de responder.

Resposta

Nezinho chamou de infundadas as alegações de Cavalcante. Foto: ALECE.

Ainda na Assembleia, mas fora do plenário, Nezinho Farias também não quis se pronunciar para a imprensa sobre a fala de Cavalcante. Por meio da assessoria, o parlamentar chamou de sem fundamento a alegação do colega.

“A alegação do deputado Delegado Cavalcante é desprovida de qualquer fundamento ou lógica. Inconcebível imaginar que eu produziria, contra minha própria pessoa, acusações tão sérias que afetaram não só minha vida política, mas pessoal também. Durante a pré-campanha de Horizonte deste ano, diversos partidos apoiaram o grupo político ao qual faço parte no município, entre eles partidos que antes faziam oposição”, se pronunciou.

Nenhum dos dois parlamentares informam sobre quem seria essa mulher. Procurado, Cavalcante não quis dar mais detalhes sobre a alegação.