Congresso Nacional é formado pelo Senado e Câmara Federal. Foto: Agência Câmara.

Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), assembleias legislativas e câmaras municipais têm recesso no mês de julho. Antes, era o mês todo de paralisação. Recentemente esse período foi reduzido a 15 dias. Neste ano, em razão da pandemia do coronavírus, os parlamentares decidiram cancelar as férias do meio do ano e continuarão fazendo sessões virtuais, como ocorre desde o mês de abril, quando mais agravada ficou a propagação do vírus. Foi uma decisão acertadíssima a suspensão do recesso.

As sessões virtuais do Legislativo, embora bem diferentes das presenciais, ao longo dos últimos meses deram bons resultados para a população com a produção das mais diversas leis, especialmente as de cunho social, importantes para o momento que a população brasileira, sobretudo a mais vulnerável, reclamava e reclama a presença e o socorro do Poder Público, nas suas três esferas, tamanha as dificuldades e o desespero gerados pela pandemia, até aqui já responsável por milhares de mortes e desestruturação de outras tantas famílias.

Há razões várias para ainda reclamarmos da ausência de ações dos governos de enfrentamento e combate às consequências da propagação e efeitos do vírus, quer no âmbito social quanto no econômico. Mas, reconheçamos, o funcionamento do Legislativo, mesmo com as restrições impostas pelas sessões virtuais, foi importante para a adoção de providências necessárias e inadiáveis por parte dos chefes dos executivos. Votando rápido as matérias propostas pelo Governo, e a iniciativa individual de projetos voltados para o socorro dos diversos setores da sociedade, os parlamentares mostraram estar preocupados com o sofrimento da população.

As exceções, por ações políticas particularizadas, merecedoras de reprimenda, não deslustram o trabalho no geral. Uns poucos, notadamente no espaço municipal, envolvidos com as eleições para prefeitos e vereadores neste ano, cuja votação foi adiada para o mês de novembro, tentaram, criminosamente, tirar proveito do momento em explorando espaços nas redes sociais para a propagação de notícias falsas ou eleitoreiras. Não lograram êxito, parece, pois não prosseguiram nas empreitadas.

A suspensão do recesso parlamentar de julho, pelo comportamento do Legislativo adotado ao longo dos últimos meses, dá uma certa tranquilidade a todos os conhecedores da importância do Congresso Nacional, das assembleias e das câmaras municipais, além de ser uma demonstração da solidariedade dos deputados, senadores e vereadores com as preocupações da sociedade brasileira em um dos seus momentos mais difíceis com a saúde pública, com o desemprego e com a economia no depois da crise.

Sobre o assunto veja o comentário do jornalista Edison Silva: