Deputado participou da sessão plenária desta quinta-feira (23) de forma remota. Foto: Reprodução/ALECE.

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado José Sarto (PDT), admitiu que, com o retorno dos trabalhos presenciais, assuntos que estavam prontos para ser discutidos antes da parada pela pandemia, devem retornar como, por exemplo, a votação da suspensão por 30 dias, proposta pelo Conselho de Ética da Casa, ao deputado André Fernandes (sem partido).

Sarto admitiu que o processo estava pronto para ir a plenário desde o dia 16 de março, mas ‘para assegurar a ampla legalidade, o mínimo de incursões jurídicas’ – iniciativa que considera legítima por quem se sinta prejudicado – o modelo presencial é ideal para esse tipo de discussão.

Sem urgência

Presidente José Sarto durante entrevista coletiva. Foto: Ascom/ALECE.

Sarto justificou que a votação não ocorreu antes porque não era urgente. “Se tivesse urgência, nós tivemos quatro meses de pandemia, a gente pautaria. Isso é pra mostrar absoluta isenção da Mesa Diretora, da Casa. Nós não queremos aqui, até porque todo o devido processo legal foi obedecido na sub-comissão de ética, foi feito um relatório, foram dados os prazos legais e, se você observar a cronologia, a pandemia veio e não era prioritário, a bem da verdade, no processo de pandemia, avaliarmos [a proposta de punição]”, disse.

“A não ser que o parecer da Comissão de Ética fosse pela cassação, que seria uma falta tida como gravíssima, aí sim poderíamos avaliar. Mas, o momento passado era, e é ainda, de se preocupar com a pandemia, e foi isso que a Casa fez”, acrescentou.