Para o vereador de Fortaleza, Ronivaldo Maia, um dos mais próximos da deputada federal Luizianne Lins, a exoneração do petista Nelson Martins da assessoria do governador Camilo Santana, para efeito de desincompatibilização, demonstra apenas o interesse do governador em participar do processo de escolha do prefeito da Capital. No entanto, ele lembra que o Partido dos Trabalhadores tem prazos a serem seguidos, e que são respeitados.
Até o dia 5 de abril passado, aquele que tivesse interesse na disputa majoritária em Fortaleza, deveria registar seu nome junto à executiva municipal. Somente a deputada federal Luizianne o fez. Nem mesmo Guilherme Sampaio, que também foi sondado como eventual pré-candidato petista não fez seu registro.
O PT tem até o dia 5 de julho para decidir, em reunião do diretório, se aceita ou não o nome de Lins como pré-candidata. Por conta disso, Ronivaldo acredita que está fora de cogitação a escolha de Nelson Martins internamente. Algo semelhante aconteceu em 2004, quando Luizianne Lins foi a única a registrar seu nome para o pleito daquele ano.
Ronivaldo acredita que em todo esse processo de exonerações quem saiu ganhando foi José Sarto. Segundo ele, Ferruccio Feitosa, Samuel Dias e Alexandre Pereira não são conhecidos da população, apesar de serem bons quadros técnicos. “A pandemia de coronavírus também vai evitar que esses nomes passem a ser mais conhecidos. Isso fortalece o nome do Sarto”, disse.
“A exoneração do Nelson, que é legítima, foi apenas uma forma de o governador dizer que quer participar do processo. Até onde eu lembro, somente a Luizianne formalizou seu nome como pré-candidata do PT”, lembrou Ronivaldo. Segundo ele, o nome de Élcio Batista está posto para candidatura a vice, seja de um eventual candidato do PDT ou até mesmo do PT.