A Prefeitura de Fortaleza realizou o 1º Webinário para discutir a revisão do Plano Diretor Participativo, com tema Desenvolvimento Urbano – Ordenamento Urbano e Uso do Solo, Instrumentos Urbanísticos e Estratégias de Democratização de Acesso à Terra Urbana, Zonas Especiais. O encontro aconteceu através de videoconferência pelas redes sociais.
O evento foi facilitado pela coordenadora de planejamento orçamento e monitoramento da Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), Aparecida Façanha. O desafio do grupo de trabalho, segundo ela, é quanto à participação dos fortalezenses no processo, além de desenvolver e gerar confiança e o capital social, “pois sem isso não conseguiremos alcançar os objetivos”, disse.
O arquiteto e Urbanista, Fausto Nilo, que participou da elaboração do Plano Fortaleza 2040, destacou que as cidades têm se mantido com grau de resiliência muito grande. “Quando trabalhamos no Plano 2040, o tratamos como um plano mestre, mais abrangente e ele trata da forma, considerando as solicitações e demandas, as estruturas que os humanos vão desenvolver, os movimentos como devem acontecer”, disse.
Segundo ele, na elaboração do Plano Fortaleza 2040, o foco foi aplicar o urbanismo buscando a cidade justa, que precisa ser conquistada em primeiro lugar com o acesso. Disse que em 80 anos, o homem criou uma infraestrutura para que máquinas ocupem os espaços urbanos e esqueceram das pessoas.
“O acesso é o fundamental para a democracia da cidade, para formação de espaços públicos e unidades de habitação de forma que as pessoas tenham acesso à saúde, educação, lazer, esporte em um só lugar”, asseverou.
Novo Plano
O engenheiro civil Cláudio Bernardes abordou o tema “como o setor produtivo pode contribuir com o desenvolvimento urbano territorial para esse trabalho de redução de desigualdades sociais urbanas”.
Para Bernardes, é preciso na elaboração do novo plano, evitar cometer os mesmos erros do passado. Entende que a redução das desigualdades passa pelo fomento dos meios para acesso universal da urbanidade. Observa que o regramento urbanístico pode alavancar a produção.
Segundo ele, outros projetos de promoção de diversidade social, como compra de terrenos com recursos governamentais, locação de habitações populares com incentivo tributário e posterior compra por pessoas com renda baixa; operações urbanas consorciadas com indutores da produção, onde as empresas fazem o investimento em obras públicas e doam os recursos para construção de habitações de interesse social.
O próximo webinário será realizado no dia 1º de Julho, com o tema Meio Ambiente.
Com informações da CMFor.