Início de 2013 a então prefeita Luizianne Lins de Fortaleza passa o cargo para o prefeito eleito Roberto Cláudio. Foto: Divulgação.

O Partido dos Trabalhadores (PT) deve anunciar apoio ou não à pré-candidatura da deputada federal Luizianne Lins à Prefeitura de Fortaleza até o dia 05 de julho, como o Blog do Edison Silva já havia adiantado. No entanto, há dentro da agremiação, uma corrente minoritária, que defende uma aliança com a chamada esquerda progressista, o que incluiria o PDT do prefeito Roberto Cláudio. De acordo com alguns pedetistas, porém, essa possibilidade é, praticamente inviável, principalmente para o primeiro turno.

O deputado Acrísio Sena (PT) vem defendendo a tese de diálogo dos petistas de Fortaleza com o governador Camilo Santana, e a partir daí, tentar construir uma ampla aliança envolvendo PT, PCdoB, PSB e PDT. No entanto, as alas petistas majoritárias descartam essa possibilidade.

A situação entre petistas e pedetistas se agravou ainda mais após declaração de Ciro Gomes em entrevista realizada na terça-feira (02), quando ele disse que não tem recebido respeito por parte do “lulopetismo fanático” e seguiu com um palavrão. O Blog chegou a questionar a algumas lideranças do Partido dos Trabalhadores sobre a possibilidade de aliança. A única a responder foi a pré-candidata Luizianne Lins. Ela encaminhou o vídeo de Ciro criticando petistas como resposta ao questionamento.

O presidente do diretório estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, afirmou que sempre defendeu a tese de aproximação entre todas as forças que sejam contrárias aos grupos alinhados ao Governo Bolsonaro. No entanto, ele destacou que a decisão cabe ao próprio Partido dos Trabalhadores.

“Evidentemente que queríamos que o PT estivesse conosco. Mas o movimento que defende esta tese na Capital é minoritário. Eu queria que tomasse uma amplitude, mas quem decide é o próprio PT”, afirmou Figueiredo.

O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Antônio Henrique (PDT), afirmou que esta possibilidade é inviável no momento. Segundo ele, a união em Fortaleza está sendo direcionada apenas para o combate ao novo coronavírus.

Gardel Rolim (PDT) disse que pelo histórico dos dois partidos na Capital é pouco provável que haja aliança.

“O PDT e o PT sempre saíram separados no primeiro turno em Fortaleza. Nunca houve aliança no primeiro turno entre os dois partidos. No entanto, eu acho que em algum momento deveríamos nos unir contra o fascismo”, disse Rolim.

O PDT de Fortaleza já sinalizou interesse em lançar um de seus quadros para a disputa eleitoral deste ano, e vem dialogando com algumas legendas que fazem parte da base de apoio do prefeito Roberto Cláudio. O PT, por outro lado, desde 2012, quando se encerrou o mandato da então prefeita Luizianne Lins, vem buscando retomar, sem sucesso, a Prefeitura.