Guilherme Sampaio afirmou desconhecer motivo de exoneração de Martins. Foto: CMFor.

A exoneração do assessor de Relações Institucionais do Governo do Estado, o petista Nelson Martins, ainda está dando o que falar nos bastidores da política local.

O presidente do Partido dos Trabalhadores em Fortaleza, o vereador Guilherme Sampaio, demonstrou incômodo com a saída do gestor do Executivo, uma vez que especula-se que ele também entra na disputa, dentro da base governista, para tentar ser um nome à concorrer a vaga de prefeito da Capital cearense.

Martins disse ao Blog do Edison Silva que sua saída do Governo foi a pedido do governador Camilo Santana, e “como soldado do projeto”, entendeu a intenção do chefe do Poder Executivo. Até a tarde da última quinta-feira (04), Nelson acreditava que seria indicado para ocupar a Casa Civil, no lugar de Élcio Batista, também exonerado naquele dia para ficar em condições de disputar um mandato executivo, de vice ou de prefeito.

Vale ressaltar que já existe um calendário em andamento no PT de Fortaleza, e que até a data-limite estipulada pela legenda, somente a deputada federal Luzianne Lins registrou interesse em disputar, mais uma vez, o cargo de prefeito da Capital.

Questionado sobre as exonerações ocorridas na última semana, o presidente do PT/Fortaleza disse que a tarefa do partido é construir a candidatura própria na Capital.

“Sobre o Nelson, ele não conversou comigo sobre o assunto, então não sei qual a razão e a motivação de seu pedido de exoneração”, disse o dirigente. De acordo com Guilherme, o PT e seus quadros continuam engajados no enfrentamento aos efeitos da pandemia do coronavírus.

Segundo disse, a próxima reunião do diretório vai focar na pandemia e a crise política, com a bancada federal composta por Luzianne Lins, José Nobre Guimarães e José Airton Cirilo. “Precisamos orientar a nossa militância na resistência que o momento impõe”, concluiu.

Uma ala majoritária do PT de Fortaleza defende candidatura própria na Capital. Mas há outra, minoritária, ligada ao governador Camilo Santana, que prefere uma aliança da frente progressista, que inclui o PDT, o PSB e o PCdoB. Nesse grupo o minoritário, estão o deputado Acrísio Sena, o próprio Nelson Martins e outros.