Proposta da vereadora aguarda inclusão na pauta de votação da Casa. Foto: CMFor.

Com o crescimento dos casos de coronavírus na cidade de Fortaleza, bem como o isolamento social mais rígido decretado pelo Governo do Estado, muitos animais de rua passaram a necessitar, cada vez mais, de auxílio das pessoas.

Um projeto de Indicação foi apresentado nesta semana na Câmara Municipal visando a criação de um programa específico de distribuição de alimentação a esses animais, durante a vigência do estado de calamidade pública em decorrência da pandemia da Covid-19 na Capital cearense.

De acordo com a matéria, o Programa tem por objetivo promover a distribuição de alimentação para animais em situação de rua, como forma de mitigar os impactos do aumento do abandono e da condição de vulnerabilidade dos animais durante o estado de calamidade pública.

Autora da matéria, a vereadora Larissa Gaspar (PT), tem atuação em defesa dos direitos dos animais.

O projeto autoriza o Poder Público a fazer a distribuição de ração a protetores independentes e organizações da sociedade civil estabelecidos em Fortaleza, a fim de que possam, mediante adoção de medidas de segurança e vigilância sanitária, alimentar os animas.

A distribuição de ração deve ser estendida a tutores de animais que sejam reconhecidos como indivíduos de baixa renda e beneficiários de programas sociais. Com isso, a parlamentar acredita que o Governo possa estar auxiliando aquelas pessoas que estão com dificuldades de manter os bichos em suas residências e evitar o abandono de animais de estimação.

Essencial

O vereador Sargento Reginauro (PROS) também tem defendido a pauta animal, e encaminhou para a Câmara Municipal requerimento solicitando que os cuidadores de animais possam ter livre acesso às ruas mesmo em lockdown.

No entendimento do parlamentar o trabalho é visto como essencial, uma vez que eles quem fornecem alimento, carinho e procuram novos lares para estes animais.

“Como dono de um animal que foi adotado, reconheço a necessidade de pessoas que praticam o bem. Sem essas pessoas, os animais ficam à mercê da própria sorte. Precisamos, enquanto Estado, oferecer subsídio para proteger vidas, independente de qual seja”, disse.

Bem-Estar

Segundo a Coordenadoria Especial de Proteção e Bem-Estar Animal (Coepa), até julho de 2019 Fortaleza possuía 132 mil cães e gatos vivendo nas ruas ou em situação de abandono.

Já no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais de 30 milhões de animais sem um lar. Destes, 10 milhões são gatos e 20 milhões são cães.