Todos os dias o prefeito Roberto Cláudio usa as redes sociais para fazer prestação de contas das ações de combate ao coronavírus na Capital. Foto: Ascom/PMF.

Neste momento, com a aflição dominando a quase totalidade da população brasileira, para nos limitarmos apenas a este pequeno espaço no universo vitimado pela pandemia do novo coronavírus, vale ressaltar, com algumas exceções, o empenho, a dedicação e o trabalho de gestores, com a seriedade que o caso encerra, ao mesmo tempo que tentam passar para a população, com a clareza que todos precisam ter, da gravidade do momento e as providências adotadas pelos seus governos, merece destaque a manifestação diária, nas redes sociais, do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, cuja formação, profissional e ética, tem contribuído para, obedecendo os protocolos mundiais, evitar uma situação ainda mais catastrófica, a despeito da incompreensão de uns pouquíssimos políticos inescrupulosos.

A população de Fortaleza, inegavelmente, está sofrendo muito, mas não tanto como brasileiros de outras grandes capitais, apesar das semelhanças que elas encerram. Talvez por isso, o secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, tenha projetado que neste mês de maio nós teríamos, provavelmente, por conta do coronavírus, uma média de 250 mortes por dia na Capital cearense. Claro que a torcida de todos os que se sensibilizam com o sofrimento do próximo, e teme ser uma provável vítima, é para que nem de perto venha a ser confirmada a projeção do secretário Cabeto, feita para um grupo de empresários da construção civil cearense, no mês passado.

Já foram inúmeras as perdas de pessoas vitimadas pelo coronavírus. Infelizmente, não se tem ideia de até quando esse pânico nos afligirá com menos intensidade quanto a deste momento. Boa parte da população, demonstrando insensibilidade, ignorância, ou seguindo exemplos negativos e perniciosos, como os do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, não têm contribuído para reduzir a disseminação do vírus, pois segue desrespeitando as recomendações e conselhos das autoridades do setor de saúde, inclusive do próprio ministro do Governo Federal, pois não guarda o isolamento social, e muito menos veste a indumentária mais importante para o momento, a máscara, um dos únicos remédios hoje conhecidos contra a propagação da doença.

Também por isso, reconheçamos, é importante esse contato diário de Roberto Cláudio com o fortalezense. A confiança que ele transmite, nas suas aparições, ajuda a conscientizar recalcitrantes, não só quanto ao próprio risco a que fica submetido, não respeitando as orientações médicas, como para evitar de contaminar o próximo, posto sermos todos suspeitos de estarmos armazenando o vírus. Muito pequeno é o número de pessoas testadas. Além do mais, sua fala, constitui-se na mais importante prestação de contas da administração no que diz respeito as ações, necessárias e imprescindíveis, de combate à pandemia e de resguardo, principalmente da população mais vulnerável, consequentemente a mais carente do serviço público de saúde.

Excluindo o hospital de campanha construído no Estádio Presidente Vargas, a ser desmontado quando do arrefecimento ou o desaparecimento parcial da agressiva disseminação do vírus, todos os outros equipamentos, sobretudo as UTIs, por serem permanentes, deixarão Fortaleza em situação privilegiada no atendimento hospitalar. Apesar da urgência reclamada, a ampliação dos serviços de atendimento à população, pelo depoimento de pessoas ligadas à saúde, estão sendo feitos realmente para se tornarem permanentes.