Dida Sampaio do jornal O Estado de S. Paulo foi agredido com socos e chutes por manifestantes pró-Bolsonaro. Foto: Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados/Agência Brasil.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (04) ao Ministério Público do Distrito Federal que apure as agressões sofridas por jornalistas durante manifestação em Brasília ocorrida domingo (03) em frente ao Palácio do Planalto.

No ofício enviado à procuradora-geral Fabiana Costa Oliveira Barreto, o procurador Aras defende a responsabilização penal dos autores.

“Tais eventos, no entender deste Procurador-Geral da República, são dotados de elevada gravidade, considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa, elemento integrante do núcleo fundamental do Estado Democrático de Direito”, afirmou Aras.

Domingo (03), data em que se celebrava o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, foi agredido com socos e chutes quando tentava registrar fotos do presidente Jair Bolsonaro cumprimentando os manifestantes em frente ao Palácio do Planalto.

Além de Dida, o motorista do jornal, Marcos Pereira, foi derrubado com uma rasteira pelos agressores. Os agredidos deixaram o local escoltados pela Polícia Militar. Jornalistas de outros veículos também foram hostilizados durante o ato.

As agressões foram repudiadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e por entidades da sociedade civil.

Os manifestantes levavam faixas com mensagens contrárias ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Agência Brasil.