André Figueiredo destacou o trabalho realizado por Camilo e Roberto Cláudio no Ceará. Foto: Câmara dos Deputados.

As últimas manifestações do presidente Jair Bolsonaro na condução do combate ao novo coronavírus têm gerado críticas de diversas entidades de classe em todo o Brasil.

O líder da oposição na Câmara Federal, o deputado André Figueiredo (PDT), afirmou que se existe uma liderança que vai pagar pelos erros cometidos durante a pandemia de Covid-19 no País, esse alguém é o presidente da República.

Segundo Figueiredo, ainda é cedo para fazer qualquer consideração dos impactos políticos da doença entre as lideranças partidárias no Brasil, no entanto, ele ressaltou que, diferente do que vem sendo adotado por outros chefes de Estado, governadores e prefeitos, Bolsonaro tem adotado um posicionamento de desrespeito às vítimas do novo coronavírus, participando de aglomerações e chegando, inclusive, a criticar as pessoas que reclamam de não terem recebido os R$ 600 emergenciais do Governo.

“Infelizmente, os números de casos de infectados e mortos vêm crescendo vertiginosamente. E se alguém vai pagar por isso é o presidente Jair Bolsonaro pela irresponsabilidade que esta tendo na condução do enfrentamento desta pandemia”, ressaltou André Figueiredo.

Segundo o parlamentar, o Congresso Nacional tem feito sua parte, trabalhando para a destinação de recursos para a população, em especial, às pessoas de baixa renda, ajuda às empresas e destinação de bens para estados e municípios. “Os governadores e os prefeitos têm tomado medidas com muita serenidade e responsabilidade, a exemplo do que vem fazendo o governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio, só para citar alguns”.

Bolsonaro numa entrevista coletiva entre empresários, assessores e jornalistas. Foto: Divulgação.

Para André Figueiredo, enquanto a maioria dos gestores do Brasil vem adotando medidas baseadas na ciência e no que defendem os pesquisadores da saúde, o presidente da República vai, exatamente, na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Temos o isolamento social para evitar que a saúde entre em colapso. Caso isso não tivesse ocorrido, há 15 dias já teríamos esgotamento no número de UTIs, e estaríamos sofrendo os números cruéis como acontece nos Estados Unidos. Temos que ter responsabilidade para evitar um número maior de óbitos de nossos irmãos contaminados”, ressaltou o pedetista.