Ocasião em que Élcio Batista recebia (21/03/2019) a Medalha do Mérito Industrial promovida pela Fiec. Foto: Tiago Stille/Ascom.Gov.CE.

O governador Camilo Santana, por várias razões, tem a preferência da indicação do nome do candidato a vice-prefeito de Fortaleza, cujo cabeça na chapa governista será apresentada pelo PDT, no consenso entre ele próprio (Camilo), o prefeito Roberto Cláudio, além de Ciro e Cid Gomes. Por paradoxal que seja, mesmo sendo ainda do PT, e tendo este partido candidato ou não a prefeito da Capital, Camilo forma o núcleo central do pedetismo cearense para escolher o postulante do PDT à sucessão do Roberto Cláudio, consequentemente, passando a ser uma das figuras centrais do palanque.

Camilo, como todos os políticos brasileiros, evita, publicamente, falar sobre eleições, alegando as vicissitudes da administração, sobretudo agora quando toda a população está apavorada com a crise na saúde causada pelo coronavírus. Mas ele, e de resto os demais políticos, notadamente em ano de eleição, apesar da ameaça de não realização da deste ano, mesmo com toda conturbação administrativa, trata sim de política, e mais, com suas vistas voltadas para 2022, quando aqui no Ceará, tanto Camilo quanto Roberto Cláudio, disputarão outros mandatos.

Élcio não precisaria filiar-se a um partido político até a última sexta-feira (03), não tivesse pretensão de ser candidato neste ano. Também não filiar-se-ia sem o consentimento e orientação do governador Camilo Santana, a quem serve com denodo e eficiência, desde o início do primeiro Governo, a partir de janeiro de 2015, como chefe de Gabinete, e agora como secretário do Casa Civil, dois postos de ligação direta e de constante contato com o governador. Assim, portanto, conclui-se que só não será candidato a vice-prefeito se acontecer um acidente de percurso.

Embora durante um certo tempo o nome do Élcio tenha figurado como provável candidato a prefeito, a avaliação de uma provável postulação como vice-prefeito dar-se exatamente pelo fato de o PDT, também por orientação nacional, além de ter nomes com boas chances de vitória, necessitar de eleger um dos seus para fortalecer a candidatura de Ciro Gomes à sucessão presidencial, em 2022. Mas o PDT não votou em Camilo do PT? Isto é uma discussão para um outro momento.
Sobre o assunto, veja o comentário do jornalista Edison Silva: