Márcio Cruz destacou a importância da participação da Guarda Municipal de Fortaleza durante o motim. Foto: CMFor.

O vereador Márcio Cruz (PSD), em seu pronunciamento nesta quarta-feira (04), destacou a atuação da Guarda Municipal durante a paralisação da Polícia Militar, evidenciando a importância da capacitação e armamento dos agentes de segurança pública do município de Fortaleza. Segundo o parlamentar, as patrulhas da Guarda recuperaram nesse período mais de cem veículos furtados e roubados e apreenderam mais de 20 armas de fogo.

“Quero parabenizar e agradecer o apoio que a Guarda Municipal deu à população de Fortaleza nos dias de paralisação da Polícia Militar. Os agentes tiveram uma grande atuação, diversas pessoas foram presas e a sociedade percebeu o quanto é importante uma Secretaria de Segurança Pública municipal com técnica, eficiência e armamento”, destacou.

Márcio voltou a defender a capacitação e armamento de todos os agentes da Guarda Municipal, não só por conta do exercício de suas funções, mas também por considerar ser um Equipamento de Proteção Individual (EPI). Segundo o vereador, o número de profissionais que receberam a capacitação e armamento não chega a 300 agentes e com isso a corporação ainda não tem uma atuação mais ostensiva na segurança pública.

“Conversamos novamente com o prefeito e solicitamos por meio de projeto de Indicação a realização de um curso de armamento e tiro para toda a Guarda Municipal. Queremos que todo o efetivo seja treinado e armado, pois isso faz parte do seu EPI, é para a sua defesa pessoal e da sociedade”, disse.

Já o vereador Sargento Reginauro (sem partido), que foi um dos líderes do motim causado por parte dos militares no Estado, afirmou que a paralisação da Polícia e Bombeiros nasceu do descumprimento da legislação aprovada em 2012 pela Assembleia legislativa, na gestão do então governador Cid Gomes. Segundo ele, há falta de definição em relação a carga horária dos policiais e bombeiros militares, com profissionais atuando em escalas de seis dias de trabalho para um dia de folga.

O parlamentar cobrou o cumprimento do acordo firmado com o Governo do Estado, e que contará com a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público do Estado. Ele questionou ainda o posicionamento dos meios de comunicação na cobertura da paralisação dos policiais militares e a maneira como o governador Camilo Santana classificou o movimento.

Após pronunciamento de Reginauro, o vereador Adail Júnior (PDT) rebateu as criticas ao Governo do Estado e evidenciou a atuação do governador Camilo Santana na mediação da situação vivenciada pelo cearense nos 13 dias de paralisação. O parlamentar questionou o movimento, destacando o cunho político que envolveu o motim dos policiais.

Adail Júnior ressaltou que o entrave em torno do acordo demonstra que as pessoas que dizem que representam a categoria não representam os agentes, de fato. “Eu já falei nesta tribuna que hoje a Polícia Militar não se sente representada pelo grupo. O maior líder da Polícia é o governador”, apontou Adail.