Reunião dos governadores do Nordeste no Maranhão. Foto: Handson Chagas/Gov.MA.

Menos de 24hs após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, pedindo, em rede nacional de rádio e televisão, a flexibilização da quarentena, os governadores dos estados do Nordeste reiteraram as medidas tomadas para o combate ao coronavírus, além de lamentarem a postura agressiva do Governo Federal.

Na tarde desta quarta-feira (25), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), postou em sua conta na rede social Twitter – criada hoje – que esteve reunido virtualmente com os chefes do executivo no Fórum dos Governadores do Nordeste. Camilo postou uma foto do documento retirado do encontro, com as resoluções assinadas pelos presentes.

Na carta, os governadores reiteram que o o momento é gravíssimo e, somente com ‘muito trabalho, bom senso e equilíbrio’ será possível vencer o coronavírus.

No documento, confirmam que seguirão adotando ‘medidas baseadas no que afirma a ciência seguindo orientação de profissionais de saúde’; que a prioridade é cuidar da vida das pessoas e que acirramentos só ‘farão prejudicar a gestão da crise’.

No documento postado por Camilo, cobram os governadores uma ‘ação urgente’ do Governo Federal voltada aos trabalhadores informais e autônomos, além de apontarem urgência na necessidade de uma ‘coordenação e cooperação nacional para proteger empregos e a sobrevivência dos mais pobres’.

Por fim, afirmam estar ‘frustrados com o posicionamento agressivo da Presidência da Republica, que deveria exercer seu papel de liderança e coalizão em nome do Brasil’.

Assinam o documento 8 dos 9 governadores nordestinos: Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão), João Azevedo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) e Belivaldo Chagas (Sergipe).

Reunião sem Bolsonaro

Após o encontro dos governadores nordestinos, houve outro com os 27 governadores de todo o país, articulado sem a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Abaixo a carta aberta dos governadores nordestinos: