Reservadamente, os petistas mais próximos do governador Camilo Santana, defensores da aliança do PT com o PDT para a disputa pela Prefeitura de Fortaleza, demonstram uma certa frustração de ainda não ter havido o encontro do governador Camilo Santana com o ex-presidente Lula, previsto para esses dias, em razão das crises que têm obrigado o governador deixar de lado os movimentos políticos. O encontro, segundo eles, é para tratar da eleição municipal de Fortaleza.
O calendário do PT estabelece para o dia 6 de abril o anúncio do nome do candidato do partido à Prefeitura da Capital cearense. Até o momento, o único movimento forte existente é em torno da candidatura da deputada federal Luizianne Lins, com o apoio dos grupos dos deputados federais José Guimarães e José Airton. Recentemente, em Fortaleza, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, homologou esse entendimento dos petistas, sem a participação de Camilo Santana.
O motim de policiais militares e o avanço do coronavírus no Ceará, afastaram o governador Camilo Santana de qualquer atividade político-eleitoral desde o início de fevereiro. E em razão da perspectiva desse pânico existente no Estado, com o coronavírus, ameaçando a população de grande parte do universo, dificilmente o governador terá condições de ir ao encontro de Lula, para tratar da sucessão municipal de Fortaleza, mesmo com todo o seu interesse em ter o PT aliado do PDT. Realmente, segundo aliados de Camilo, só o ex-presidente Lula teria condições de reverter a situação, parcialmente consolidada em torno de Luizianne Lins.
