Última reunião da Comissão Especial foi realizada na sexta-feira (28). Foto: ALECE.

A comissão de representantes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário realizou algumas reuniões desde a quarta-feira passada, mas, até o momento, ainda não avançou nas negociações para encerrar a paralisação de parte dos policiais militares no Estado. De acordo com o representante da Assembleia Legislativa no colegiado, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT), a discussão só não teve um desfecho positivo, por não se saber com quem dialogar. Apesar dos impasses, o grupo segue planos de negociar com a categoria nos próximos dias na semana que vem.
 Os encontros realizados até agora:
– A comissão dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) iniciou suas atividades na quarta-feira (26) de Cinzas. A formação do colegiado foi provocado pelo Ministério Público estadual.

– Uma das primeiras decisões foi a de que OAB-CE e o 18º Batalhão da PM designassem um interlocutor. O nome indicado foi Walmir Medeiros, quem iniciou a intermediação.

– Na quinta-feira, 27, (houve reunião de quatro horas na qual foram apresentadas duas pautas: reestruturação salarial e possível anistia administrativa e criminal. Houve compromisso em dar celeridade à mensagem da reestruturação já em tramitação na Casa.

– Sobre a anistia administrativa, a Procuradoria do Estado se manifestou sobre a impossibilidade de anistiar os amotinados, mas rever atos realizados com comissão externa específica, formada por Defensoria, OAB e outros órgãos, respeitando o contraditório.

– Uma suposta pauta de 18 itens chegou a ser aventada. No entanto, cerca de 16 itens só seriam discutidos em um segundo momento, por não se tratar de algo de tamanha urgência. No período da tarde do mesmo dia foram designados outros interlocutores, o que não foi aceito pela comissão.

– Houve impasse por conta dos itens colocados na pauta pelos militares amotinados. A comissão colocou que só discutiria a reestruturação salarial e revisão de caso a caso cometido pelos amotinados.

– A comissão definiu que não se sentaria com o ex-deputado federal Cabo Sabino, por este estar com um mandado de prisão em aberto por participação no motim. Na sexta-feira (28), no período da noite, os militares aceitaram a intermediação do deputado estadual Soldado Noelio, do vereador Reginauro, Cabo Monteiro e Walmir Medeiros.

– O colegiado deve se reunir nos próximos dias para dar continuidade à negociação.