Deputado José Sarto concede entrevista coletiva à imprensa depois da reunião da Mesa Diretora. Foto: ALECE.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Sarto, reuniu na noite desta sexta-feira (28) os membros da Mesa Diretora e líderes partidários da Casa para comunicar a convocação extraordinária do Parlamento estadual para este sábado (29/02), domingo (01/03) e segunda-feira (02/03). A sessão extraordinária será às 9 horas. O objetivo é apreciar mensagem enviada nesta sexta-feira pelo governador Camilo Santana contendo Proposta de Emenda Constitucional – PEC proibindo concessão de anistia para policiais militares amotinados.

Outra mensagem enviada pelo Executivo trata-se do Projeto de Lei que estabelece novo piso salarial para os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias.

Camilo Santana anunciou o envio da mensagem pelas redes sociais. Ele escreveu: “Enviei hoje para a Assembleia Legislativa mensagem com Proposta de Emenda Constitucional proibindo anistia para militares que se envolvam em movimentos ilegítimos de paralisação ou motim. Não pode haver tolerância para esse tipo de atitude, que provoca sérios danos e coloca em risco a vida da população.”

Bandidos

José Sarto disse que o movimento paredista dos policiais militares cearenses é inconstitucional por natureza. “É preciso que se reafirme que não haverá anistia para esse tipo de servidor que não é policial militar; é amotinado, é bandido, usando balaclava e arma de foto para aterrorizar a população cearense. Que sejam responsabilizados e não possa haver anistia para quem comete crime dessa natureza”, afirmou o presidente da Assembleia em entrevista coletiva após a reunião da Mesa Diretora.

José Sarto ressaltou que o governo do Estado tem tido, por diversas ocasiões, atitude de diálogo, desde o dia 6 de fevereiro quando, segundo afirmou, os policiais impuseram uma agenda ao governador. “Se naquela manhã não fossem recebidos, declarariam greve. É lamentável que usaram o Carnaval como moeda de pressão para prejudicar 9 milhões de cearenses. Essa é uma irresponsabilidade sem precedentes de uma pequena minoria da Polícia Militar”, criticou.