Ex-deputada Mirian Sobreira, foi secretária de Estado na primeira gestão do governador Camilo Santana. Foto: ALECE.

Bem antes da oficialização da filiação da ex-deputada Mirian Sobreira ao PT, acontecida na última semana, um líder político aliado perguntou ao senador Cid Gomes sobre a possibilidade de a ex-deputada filiar-se ao Partido dos Trabalhadores. Cid teria respondido que não tinha sido comunicado pela ex-deputada de sua saída do PDT. E nada mais disse.

Concretizado o fato, a filiação da ex-deputada ao PT, ainda não houve qualquer manifestação do seu ex-partido, que tem ainda como filiado o filho de Mirian, o deputado estadual Marcos Sobreira, destacado participante da festiva filiação. Mesmo sem qualquer manifestação, no meio político todos sabem que a decisão de Mirian desagradou ao comando do PDT.

A sucessão municipal em Iguatu teria sido a razão principal da saída de Mirian do PDT, onde o filho Marcos, que era vice-prefeito do Município, atualmente é um pretenso candidato a prefeito e poderia contar com o apoio do PT. Mas o PDT, agora, pode não lhe dar legenda.

Também desagradou ao PDT o fato de a troca de partido de uma sua ex-filiada ter sido administrada pelo deputado federal José Guimarães. O governador Camilo Santana, de quem Mirian foi secretária, no primeiro Governo, não teve interferência, e se tivesse tido, talvez os pedetistas aceitassem o fato como natural.

Fora do PDT a especulação é de que a saída de Mirian pode acabar fortalecendo a situação do seu principal adversário em Iguatu, o deputado estadual Agenor Neto, que, se sair candidato a prefeito daquele Município pelo PSB, poderá contar com a simpatia do núcleo governista do Estado.