Para o vereador Evaldo Lima, o presidente Bolsonaro não tem apreço pela democracia. Foto: CMFor.

O vereador de Fortaleza, Evaldo Lima, do PCdoB, apoia a construção de uma frente democrática que não seja protagonizada apenas por progressistas de esquerda ou centro-esquerda. Ele defendeu uma ampla aliança que inclua também lideranças de centro e centro-direita, para evitar qualquer possível retrocesso.

O parlamentar citou, por exemplo, que em outros momentos da história, trabalhistas e conservadores se uniram contra forças reacionárias que tinham como meta destruir a democracia no mundo. Lima comparou o atual governo brasileiro à gestão de Adolf Hitler na Alemanha nazista.

Ele citou resolução do Governo Federal que retirava diversas categorias artísticas do chamado Microempreendedor Individual (MEI). “Hitler defendia uma arte puramente germânica. Já o Bolsonaro é inimigo da arte, da cultura”, afirmou.

Segundo ele, a Resolução 150, do Ministério da Economia, só foi arquivada pela ampla mobilização cultural no País inteiro, e pela atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Democratas (DEM) do Rio de Janeiro. “Maia disse que o projeto cairia na Câmara. É com essa altivez que o parlamento se torna referência para preservar a civilidade”.

“Tenho falado em diversas oportunidades de formarmos uma frente ampla em defesa da democracia. Não é uma frente apenas do campo da esquerda, mas uma frente ampla em defesa da democracia, que dialogue com o centro, inclusive, com o centro-direita”, destacou Lima.

Ele lembrou, por exemplo, que no Brasil, durante a ditadura militar, estiveram lado a lado, pela democracia, Carlos Lacerda, João Goulart e Juscelino Kubitschek. “Os três eram completamente diversos, mas ousaram montar uma frente ampla contra a ditadura militar. É sobre isso que a gente está falando. O que está em jogo, agora, é a defesa da democracia”, enfatizou.

Segundo o vereador, o presidente da República, seus filhos e aqueles que o cercam, não têm apreço pela democracia ou pelo Estado de Direito. “Temos diferenças enormes entre cada um dos parlamentares dessa instituição. Mas temos que perceber aquilo que nos aproxima, que é a defesa das instituições e o Estado Democrático de Direito”.