Francisco Gonzaga (ao fundo) durante aclamação do nome de Zé Batista. Foto: Divulgação

Um dos principais nomes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) no Ceará, o operário Francisco Gonzaga, não foi escolhido como candidato que vai representar a legenda no pleito de 2020.  Desde 2008, quando disputou como postulante a vice-prefeito de Fortaleza, o militante de esquerda sempre foi o indicado pela sigla para cabeça de chapa, com exceção de 2014, quando tentou, em vão, vaga na Câmara Federal.

O PSTU formalizou a pré-candidatura de Zé Batista à Prefeitura de Fortaleza. Zé Batista, que  é pedreiro, começou a trabalhar nos canteiros de obras ainda jovem, com apenas 16 anos. Desde 1999 é dirigente das lutas dos operários da construção civil.

O nome de Zé Batista foi aclamado pela militância do PSTU. Na ocasião,  Francisco Gonzaga, que é presidente estadual do partido e ex-candidato à prefeito e governador nas últimas eleições municipais e estaduais, disse que  “a candidatura de Zé Batista representa muito bem o tipo de candidato que nós queremos ter: trabalhadores, que sabem como é a vida dos mais pobres, mas que sempre estiveram ligados às suas lutas, resistindo contra os ataques que os governos dos ricos fazem contra nós”.

“Eu me orgulho muito de ter representado o partido nessa tarefa nas eleições anteriores e agora me orgulho de estar passando o bastão para o Zé. Estarei do lado dele ajudando nessa disputa” – Francisco Gonzaga

“Eu tenho uma larga experiência que nenhum dos candidatos dos grandes partidos possuem. Eles não sabem o que é pegar ônibus lotado e nem esperar doente numa fila de hospital por uma consulta. Nós sabemos porque nós somos trabalhadores, como a ampla maioria da população”, disse Zé Batista durante escolha do partido.

Francisco Gonzaga tentou candidatura a vice-prefeito em 2004. Em 2010, disputou o cargo de governador do Estado e em 2012, também pelo PSTU, postulou o cargo de prefeito de Fortaleza. Em 2014 abriu mão da candidatura em favor do socialista Ailton Lopes, do PSOL. Em 2016 e 2018 foi, respectivamente, candidato a prefeito da Capital, e mais uma vez, ao Governo do Ceará.

Em 2018, o militante de esquerda já demonstrava cansaço tanto físico como na imagem, visto os resultados pífios de suas votações na última década. Nas eleições gerais do ano passado, ele obteve apenas 5.060 votos. Ele não disputa em 2020, vai coordenar a campanha de seu partido.