Dirigentes sindicais estiveram na frente da sede da Assembleia Legislativa. Foto: Blog do Edison Silva.

Membros de ala do Partido dos Trabalhadores (PT) e diretores de centrais sindicais disseram ao Blog do Edison Silva que vão entrar na Justiça contra proposta de Reforma da Previdência do governador Camilo Santana. De acordo com os manifestantes, que estiveram nos últimos três dias em frente à sede da Assembleia Legislativa, os deputados petistas estão atuando contra aquilo que foi definido pela direção nacional da agremiação, que se coloca contra as mudanças previdenciárias.

Membro da executiva municipal do PT em Fortaleza, o dirigente Eudes Baima, afirmou que o governador Camilo Santana e os deputados do PT estão na contramão do que defende a legenda acerca da questão da Reforma da Previdência. “Nós saudamos a posição dos deputados petistas do Congresso Nacional, mas combatemos a ruptura que os deputados estaduais e o governador estão fazendo aqui”, disse.

Segundo ele, parte do PT está batalhando internamente para que os membros do PT nacional e o Estadual se posicionem contra a medida de Camilo. “É o PT contra o PT. Nosso partido reúne muitos sindicalistas que estão trabalhando contra isso”, destacou. De acordo com o dirigente, ao final deste processo, haverá uma discussão interna para saber que posição será tomada.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, Will Pereira, afirmou que foi liberado para os sindicalistas os endereços dos deputados nas redes sociais, para que fosse feita pressão contra a Reforma, o que não surtiu o efeito esperado.

Conforme informou, o próximo passo, agora, será ir em busca da discussão jurídica. No entanto, ressaltou que vai apontar aqueles parlamentares que votaram favoráveis às matérias.

“Ou ele vai para o lado do Governo e vota a favor dessa Reforma, ou vem para o lado do trabalhador contra essa Reforma. Se aquele parlamentar se posicionar contrário, estaremos compreendendo que ele passa a compreender a leitura da classe trabalhadora”, afirmou o sindicalista.

O presidente da CUT também lembrou que o PT tem resolução contrária à Reforma, assim como PDT e PCdoB, e que, por isso, qualquer voto contrário seria ir de encontro ao que defende seus respectivos partidos.