O relator -geral do Orçamento para 2020 é o cearense Domingos Neto (PSD). Foto: Agência Câmara.

O Congresso Nacional pode votar na terça-feira (17)proposta orçamentária para 2020 (PLN 22/19). A sessão está marcada para as 14h30. Antes, às 11h, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) votará o texto. A análise dos relatórios setoriais sobre a proposta orçamentária foi concluída na última quarta-feira (11). Agora, os textos aprovados serão analisados pelo relator-geral do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD/CE).

O parecer preliminar apresentado pelo relator atualizou parâmetros que serviram para as projeções de receitas e despesas e também incorporou efeitos de propostas encaminhadas ou aprovadas após o envio do texto original do Orçamento. A versão do Poder Executivo indica que o salário mínimo passará dos atuais R$ 998 para cerca de R$ 1.031 em janeiro, abaixo do valor inicialmente previsto (R$ 1.039). Segundo cálculos da equipe econômica, para 2020, cada R$ 1,00 a mais no salário mínimo eleva as despesas da União em cerca de R$ 320 milhões.

Em 2020, a meta fiscal para o resultado primário do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, corresponderá a um déficit de R$ 124,1 bilhões. Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho: descontado o pagamento dos juros da dívida, as despesas vêm superando as receitas ano a ano.

Créditos

Na mesma sessão, o Congresso pode votar projeto que libera crédito suplementar de R$ 561,6 milhões para vários órgãos do Executivo (PLN 33/19). De acordo com o texto, o Ministério da Educação vai receber cerca de R$ 255 milhões. A área de infraestrutura da educação básica será beneficiada com a maior parte desse valor: R$ 245 milhões. Outros R$ 900 mil vão para a manutenção de universidades públicas no estado de São Paulo.

Para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, serão destinados R$ 85 milhões. Já a Presidência da República receberá R$ 5,3 milhões, valor a ser direcionado para a segurança institucional do presidente e do vice-presidente da República e seus familiares, além de outras autoridades.

Com informações da Agência Câmara.