Vitor Valim diz que proposta visa garantir segurança das crianças. Foto: ALCE.

A pauta de costumes segue norteando os trabalhos de muitos deputados cearenses na Assembleia Legislativa. Inicia tramitação na sessão ordinária desta terça-feira (05), projeto do republicano Vitor Valim (PROS) que confere exclusividade para profissionais do sexo feminino nos cuidados íntimos com crianças na Educação Infantil no Estado.

De acordo com a proposta de Valim, os cuidados íntimos com crianças, com destaque para banhos, trocas de fraldas e roupas, bem como auxílio para usar o banheiro, na Educação Infantil, serão realizados exclusivamente por profissionais do sexo feminino.

A discussão sobre os cuidados das crianças em salas de aula foi tema de embate na Casa na semana passada por alguns parlamentares, que acharam estranho que algumas dessas ações não podem ser realizadas por profissionais do sexo masculino.

O parlamentar defende que as atividades pedagógicas e aquelas que não impliquem cuidado íntimo com as crianças poderão ser desempenhadas por profissionais de ambos os sexos.

A proposta diz que os profissionais do sexo masculino que, na data da publicação desta lei, forem responsáveis pelos cuidados íntimos com as crianças serão reaproveitados em outras atividades compatíveis com o cargo que ocupam, sem sofrer prejuízos em sua remuneração.

A matéria destaca, ainda que no Ensino Fundamental I, quando necessitarem de auxílio para usar o banheiro, as crianças serão acompanhadas exclusivamente por profissionais do sexo feminino.

O projeto em questão visa trazer segurança às famílias que deixam seus filhos aos cuidados das instituições públicas de ensino infantil e saem para trabalhar. Com o grande aumento dos casos de pedofilia, os pais das crianças estão amedrontados, pois sabe-se que os casos de abusos sexuais geralmente ocorrem com pessoas de convívio das crianças, as quais elas e os familiares confiam  e que devido a essa situação, dificilmente os casos de pedofilia são descobertos.

Em justificativa, Vitor Valim disse que os cuidados íntimos com crianças nas instituições públicas de ensino infantil, devem ser efetuados exclusivamente por mulheres, “na tentativa de evitar abusos sexuais nas escolas pública, dando uma maior segurança as famílias que deixam seus filhos sob a custodia do Estado enquanto vão para seus trabalhos”.