Fernando Bezerra Coelho (em destaque) participa de cerimônia com Jair Bolsonaro e Davi Alcolumbre, quer aprovar uma das matérias até o fim do ano. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A liderança do governo no Senado espera que o Congresso aprove a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o regime de emergência fiscal para União, estados e municípios até o final do ano. O calendário de votação das três propostas apresentadas nesta terça-feira (5) no Senado deverá ser definido nesta quarta-feira (6) em reunião do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, com os senadores.

Ao entregar as três PECs, o presidente Jair Bolsonaro disse esperar que as propostas se tornem realidade “talvez no início ou meados do ano que vem”. A equipe econômica fala em aprovar até abril, antes que parlamentares comecem a se dedicar às eleições municipais de 2020. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), está mais otimista por considerar que o Congresso e a sociedade brasileira vão receber bem as medidas.

— Essa é uma expectativa da liderança do governo, o governo trabalha com prazo de abril, mas eu acho que a repercussão que essas PECs estão tendo no Senado tem sido muito positiva, isso não significa que serão aprovadas como vieram — disse o senador.

A pressa em aprovar a PEC emergencial é que parte das medidas previstas na proposta serão temporárias, valendo por dois anos. A ideia é que a proposta funcione como um preparativo para a entrada em vigor da outra PEC, a Mais Brasil, que vai criar um novo pacto federativo e um novo regime fiscal no país. Além disso, a aprovação da PEC ainda em 2019, segundo Fernando Bezerra, abriria margem para ampliação dos investimentos públicos no próximo ano.

— Vamos trabalhar para que PEC emergencial possa ser aprovada até o final deste ano no Senado e na Câmara. A PEC emergencial abre no orçamento fiscal do ano que vem um espaço orçamento para investimento da ordem de R$ 26 bilhões e é do interesse do Congresso ampliar o investimento público que está no nível mais baixo. A proposta de Lei Orçamentária Anual [Projeto de Lei do Congresso Nacional 22/2019] estima o investimento público em R$ 19 bilhões — argumentou.

Bezerra é o primeiro signatário das PECs: a emergencial, que pretende reduzir gastos obrigatórios, a do pacto federativo (Plano Mais Brasil), que muda a distribuição de recursos entre União, estados e municípios, e a que revisa fundos públicos. As matérias ainda não receberam numeração no Senado.

Fonte: Agência Senado