Dr. Carlos Felipe trouxe o assunto à tribuna da Assembleia Legislativa. Foto: ALECE

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) defendeu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta sexta-feira (01), que o Hospital da Mulher de Fortaleza abra as suas portas para o atendimento emergencial obstétrico. A preocupação foi repercutida também por outros parlamentares.

Para o parlamentar, a capital cearense enfrenta hoje um colapso nesta questão, e o Hospital da Mulher não atende gestantes em situações de urgência e emergência. “Se o problema é a questão de leitos, que viabilizemos recursos para melhorar a estrutura de atendimento da unidade. Mas não entendemos porque o hospital não funciona de portas abertas para a área obstétrica”, apontou.

Segundo Carlos Felipe, a unidade foi construída com a ideia de atender a mulher, com tratamento de média e alta complexidade, funcionando como um hospital suporte muito importante. “Apesar dos pontos positivos propiciados por este hospital, há problemas que precisam ser levantados. Como, por exemplo, o fato de que 80% dos casos de internação ali serem de pessoas do Interior, demonstrando a falha no sistema de médio porte dos hospitais polo de todo o Estado”, ressaltou.

Comissão de Saúde

Presidente da Comissão de Saúde da Casa, a deputada Dra. Silvana (PL) disse que, em nome da comissão, vem cobrando do secretário estadual de saúde, Dr. Cabeto, a abertura do atendimento emergencial obstétrico. Segundo ela, o secretário João solicitou um estudo para ver a viabilidade desta ação. “O Hospital da Mulher não está cumprindo sua função. Não faz sentido um hospital criado para atender a nós, mulheres, não receber gestantes em trabalho de parto, obrigando-as a saírem de hospital em hospital buscando atendimento, sem ter como pagar. Muitas vezes a criança nasce dentro do carro”, lamentou.

O deputado Sérgio Aguiar (PDT), em aparte, manifestou preocupação com a situação dos hospitais filantrópicos em Fortaleza. “Pequenos hospitais particulares de Fortaleza fecharam nos últimos 10 anos, fazendo com que os hospitais filantrópicos socorram os mais necessitados, e agora hospitais como esses estão sob ameaça”, citou.