Domingo Neto é coordenador da bancada cearense no Congresso Nacional. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.

Formada por apoiadores e opositores do presidente Jair Bolsonaro, a bancada cearense no Congresso Nacional teve dificuldades para fechar questões sobre emendas, o que resultou em atritos entre seus membros. No entanto, o coordenador do grupo, o deputado federal Domingos Neto (PSD), acredita que tais conflitos, na verdade, resultaram em mais unidade do colegiado.

“Todas as reuniões, no final, nos ajudam a construir mais unidade. Sabemos que em estados como o nosso, a força da bancada é fundamental para resolver nossos problemas”, disse o parlamentar.

Ele informou que, como relator do Orçamento da União na Câmara Federal, tem recebido todas as bancadas do País, e percebido o quanto os debates da bancada cearense fortaleceram a proximidade do grupo. “Nenhuma bancada tem um clima de unidade como a do Ceará, inclusive, respeitando as posições político-partidárias”.

O parlamentar destacou, por exemplo, a vinda do ministro secretário de Articulação Política do Governo Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, que de acordo com o parlamentar foi construída a partir de demandas dos parlamentares cearenses. “A constatação do Governo Federal é que se precisa construir uma ponte com os governos estaduais e prefeituras, através da bancada cearense”.

“Tem bancada que é oposição e fica difícil para que se construa pontes. Mas para nós que construímos alguns temas, a gente tem capacidade de sentar e construir pontes. Não por questões político-partidárias, mas para resolver os problemas do Ceará” .

De acordo com o parlamentar, é preciso usar a força política para fazer com que o Governo enxergue que o Nordeste é fundamental. “A presença do ministro demonstra isso. Muitas das pautas do Ceará não tinham chegado até o presidente. O Governo precisava entender a necessidade de obras estruturantes, sem cor partidária”, defendeu.