Jorge Pinheiro apresentou emendas ao projeto original. Foto: CMFor

O vereador Jorge Pinheiro (DC) segue sua jornada a fim de evitar que professores da rede pública de ensino de Fortaleza ensinem conteúdos, em sala de aula, sobre a chamada “ideologia de gênero”. O parlamentar defende emenda de sua autoria que trata do assunto ao projeto de iniciativa do colega, Evaldo Lima (PCdoB), que autoriza a “Liberdade de Cátedra” dos educadores fortalezenses.

De acordo com Pinheiro, a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza é contra o ensino de temas sobre sexualidade e gênero para as crianças da Capital. Segundo ele, o pensamento da Casa vai ao encontro dos anseios da sociedade, que também, conforme informou, se coloca contra tais ensinamentos em sala. Na semana passada, centenas de professores da rede pública de ensino estiveram na Câmara para protestar contra a emenda de Pinheiro, e solicitar a imediata aprovação do projeto de Evaldo Lima.

Os professores chegaram a dizer que o vereador Jorge Pinheiro teria apresentado projeto para tentar amordaçar a categoria, o que foi negado pelo parlamentar. Além dessa modificação ao projeto original, ele também quer retirar artigo que proíbe que alunos gravem em vídeo as aulas sem a permissão dos profissionais de Educação.

Durante sessão ordinária na manhã desta terça-feira (08), Evaldo Lima voltou a defender seu projeto e o Direito de Cátedra dos professores de Fortaleza. “A gente defende a ciência, a cultura e a educação. Seja através de milhares de professores na Câmara, defendendo a liberdade de cátedra, seja no trabalho dos professores para defender o Fundeb”.

Evaldo acredita que seu projeto seja votado ainda nesta semana, visto que ele avalia que sua aprovação seria um “presente” para os professores. Na próxima terça-feira (15), comemora-se o Dia do Professor. Como é feriado, o comunista espera que a proposta tenha aprovação ainda nesta semana.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o relator das emendas ao projeto, Didi Mangueira (PDT), informou ao Blog do Edison Silva que a proposta deve ser analisada ainda neste mês, mas não garantiu sua aprovação antes do fim de outubro.