O senador Eduardo Girão espera que a prisão, após decisão judicial de segunda instância, seja mantida. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse em Plenário esperar que a possibilidade de prisão após decisão judicial de segunda instância seja mantida. Paralelamente ao pronunciamento do senador, o Supremo Tribunal Federal (STF) votava a constitucionalidade de prender o réu após a decisão de um tribunal, em julgamento que deve durar mais uma semana.

No momento, além do relator, ministro Marco Aurélio, dois outros ministros: Ricardo Lewandoski e Rosa Weber, que votaram contra a prisão de condenados em segunda instância, outros quatro ministros votaram a favor: Edson Fachin, Alexandre Moraes, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Para Eduardo Girão, é inaceitável acreditar que os magistrados compactuem com o que estão chamando de um “acordão”, que teria como objetivo inviabilizar a prisão em segunda instância para “liberar alguns políticos poderosos condenados por corrupção”. Girão destacou que, caso isso aconteça, também serão liberados estupradores, pedófilos, traficantes e sequestradores.

“Eu espero muita sensibilidade, serenidade dos ministros para não darem esse passo atrás. A Operação Lava Jato vem inspirando, novamente, a população brasileira a acreditar em seu país, a ter a convicção de que a Justiça, cada vez mais, está existindo para todos, sem distinção, sem seletividade, mas o Supremo, ultimamente, vem, infelizmente, jogando contra”, disse.

Fonte: Agência Senado.