Ex-senador Roberto Requião (MDB) durante evento em Fortaleza da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional. Foto: Tarcísio Aquino Filho.

O ex-senador Roberto Requião (MDB) defendeu nesta sexta-feira (11), durante evento em defesa da soberania nacional, realizado na Assembleia Legislativa do Ceará, a constituição de uma frente politica ampla para se contrapor ao Governo de Jair Bolsonaro. De acordo com ele, é preciso que a população vá para as ruas “armada com o voto”.

Ele defendeu ainda uma ampla frente, mas que não fosse constituída por determinados políticos brasileiros. “Eu não vou fazer parte de frente política ao lado do Rodrigo Maia, que foi um dos articuladores do impeachment da presidente Dilma”, disse ele, citando ainda os nomes de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso como personalidades que não fariam parte do mesmo movimento que ele.

“Toda nossa oposição está focando no Bolsonaro, mas o Bolsonaro é o palhaço dessa estrutura. O problema é a tentativa de poderio americano no mundo”, destacou.

Em sua avaliação, os votos que elegeram Bolsonaro foram motivados pela “infâmia que tomou conta das ruas”. Ele também fez um mea culpa e lamentou que o Governo do ex-presidente Lula não tenha fortalecido as estruturas para o desenvolvimento do País.

O emedebista defendeu uma frente política que assuma o poder é realize um referendo revogatório “de todas as barbaridades desse Governo. Não vejo outra saída. Essa é nossa perestroika”.

“Temos que aprender o que acontece com o Brasil e nos organizar. Temos que analisar as coisas e consagrar tudo com um referendo revogatório limpando todos os absurdos desse Governo e começar a perestroika brasileira, a nossa reformulação”.

Participaram do debate o deputado Elmano de Freitas (PT), Carlos Felipe (PCdoB), e o vereador Ronivaldo Maia (PT), além do secretário do Governo Camilo Santana, Inácio Arruda (PCdoB). Representantes de movimentos sociais de esquerda também estiveram presentes.