A entrevista do governador Camilo Santana (PT) ao Estadão foi concedida na última segunda-feira (14) e publicada na edição desta segunda-feira (21). Foto: Reprodução.

O governador Camilo Santana (PT) está, na edição desta segunda-feira (21) do jornal O Estado de S. Paulo, falando sobre o PT e as críticas que faz ao partido, o cearense Ciro Gomes, seu correligionário no Estado. O título da matéria do jornal paulista é: “Estratégia de Ciro de atacar o PT ‘está errada’, diz Santana”.

Para o governador, “o ex-governador Ciro Gomes (PDT) erra ao adotar uma estratégia de ataques frequentes ao PT”. Segundo Santana, Ciro erra porque ninguém consegue construir uma candidatura viável de centro-esquerda sem apoio do PT”. Camilo fala da sua antiga tese de que o PT deveria fazer uma autocrítica e que hoje “adota uma tática errada na forma como faz oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro”.

Segundo Camilo, o PT “deveria ter defendido uma proposta de reforma da Previdência que defendesse os mais pobres em vez de apenas se colocar contra o projeto do governo”. Camilo deu a entrevista na segunda-feira passada, antes do desabamento do prédio, registra o Estadão, referindo-se ao edifício residencial de sete andares caído na terça-feira (15) passada.

A primeira pergunta do jornalista ao governador é: “os sucessivos ataques de Ciro ao PT podem causar algum abalo na relação entre o senhor e os Ferreira Gomes?”

Camilo responde: “Abalo na relação deles com o PT existe, né? Na nossa relação não. Temos uma relação muito sólida com base em um projeto no qual a gente acredita para nosso Estado. Posso ter divergências quanto ao comportamento do Ciro, acho que a estratégia dele está errada, mas respeito a posição”.

O governador também falou do seu relacionamento com o Governo do presidente Bolsonaro, lembrando o episódio do problema da segurança pública no início do ano, assim como a que aconteceu, em menor proporção, recentemente. Diz Camilo: “O governo (Bolsonaro) tem colocado claramente a falta de recursos, as dificuldades, o contingenciamento. Das vezes que eu procurei, no episódio de janeiro, sempre tenho tido conversas com o ministro Moro, com o ministro Paulo Guedes, eles têm nos recebido”. Ele disse que na última crise da segurança pediu apenas “vagas no sistema prisional federal para transferir algumas pessoas, mas a relação foi cordial, por telefone, se colocando à disposição. Liberaram as vagas”.