Ex-senador paranaense Roberto Requião, do MDB, é integrante da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional. Foto: Agência Senado.

A Assembleia Legislativa do Ceará promove, na tarde desta sexta-feira (11), o lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Soberania Nacional e Popular, organizado por um grupo de deputados cearenses em parceria com sindicatos e movimentos sociais.

O ato contará com a presença do ex-senador paranaense Roberto Requião, do MDB, que é integrante da Frente Nacional – lançada dia 4 de setembro passado em Brasília – além de parlamentares, representantes de partidos políticos mais ligados à esquerda, entidades sindicais e movimentos populares. O evento acontecerá no auditório Murilo Aguiar.

De acordo com o deputado Elmano de Freitas (PT), o momento é de fortalecer “o compromisso de construir uma campanha de denúncia à política de submissão e de desmonte da nação, implementada pelo atual governo, e de afirmação da soberania nacional”.

O petista disse, em pronunciamento na tribuna da Assembleia, nesta quinta-feira (10), que Requião irá comentar as consequências das privatizações propostas pelo governo Jair Bolsonaro. “Nenhum país do mundo se constitui de maneira sólida sem a defesa dos interesses da nação”, disse. Segundo ele, as riquezas do Brasil, como o petróleo, minérios e até conhecimento, estão sendo dispostas em favor dos interesses internacionais.

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) também corroborou com o colega e, sobre o  tema das privatizações, disse que o “desmonte” promovido pelo governo Jair Bolsonaro não se explica. “Estamos oferecendo aos estrangeiros até nossas fontes de energia, isso não constitui um projeto de nação, e por esses e outros motivos é que este deve ser o debate maior nesse País”, criticou.

O Comitê de Defesa da Soberania Nacional e Popular reúne, prioritariamente, políticos de esquerda ligados ao PT, PCdoB, PSOL. Parte do grupo levanta a bandeira do movimento “Lula Livre”, que pede a soltura do ex-presidente, preso há mais de um ano na sede da Polícia Federal, em Curitiba, acusado de corrupção.