Do site Conjur

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão expediu mandado de busca e apreensão contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Siro Darlan.

Ele é investigado por supostamente usar os plantões judiciários para vender ordens em Habeas Corpus.

A Polícia Federal cumpre os mandados no gabinete do magistrado, em sua casa, em um escritório particular no Rio e em um em Resende e em uma delegacia, segundo o site G1.

A operação, segundo o jornal O Globo, é baseada na delação premiada do ex-controlador-geral da Câmara Municipal de Resende Crystian Guimarães Viana. O delator contou aos Ministério Público do Rio que, quando Ricardo Abbud, Sindicato do Comércio Varejista de Resende, estava preso com ele, lhe contou que seu pai, João Bosco de Azevedo, negociou “com pessoa interposta pelo desembargador Siro Darlan” o valor de R$ 50 mil por sua liberdade.

Em dezembro, o jornal O Globo disse que Darlan libertou três presos em troca de dinheiro. Na ocasião, Darlan disse que se voluntariava para fazer os plantões – até 2017, cada noite trabalhada nesse esquema equivalia a dois dias de férias. Ele também criticou as acusações.

“Meu compromisso é com a lei. Não tenho interesse, vivo na mesma casa há muitos anos. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras pode dizer se recebi algumas coisas. Meu sigilo bancário está aberto. Não tem nada a temer em relação ao patrimônio. As minhas decisões, a mim pertence. Sugerir que as decisões de qualquer magistrado, em razão de propina, é um ato de irresponsabilidade”, explicou Darlan.

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