Sérgio Aguiar acredita ser inoportuna a discussão de aumentar o fundo eleitoral neste momento. Foto: ALECE

Deputados estaduais cearenses criticaram a possibilidade de que seja aumentado o montante do chamado Fundo Eleitoral, que financia campanhas políticas. Esta semana, o Senado chegou a pautar votação do Projeto de Lei que altera regras eleitorais, que tem como ponto polêmico justamente a brecha para que o Fundo seja aumentado. A matéria acabou obstruída e a votação deve ficar para a próxima semana.

O tema repercutiu na Assembleia Legislativa do Ceará. “Reputo como inoportuno nesse momento você fazer qualquer alteração de aumento de recursos para o Fundo Eleitoral. O que deve haver é uma tentativa de que haja diminuição da carga tributária, daí a importância da Reforma Tributária brasileira. A discussão de aumento de Fundo Eleitoral deve ficar em segundo plano”, explicou o deputado Sérgio Aguiar (PDT).

Já o deputado Dr. Carlos Felipe (PCdoB) disse nunca ter usado verbas do Fundo Eleitoral, mas também mostrou-se contrário ao aumento. “Eu não sou a favor de aumentar. Se não está aumentando o salário do servidor público federal, se não acabou com a PEC do congelamento da saúde, como é que quer aumentar fundo? Esse pessoal não tem noção do que está fazendo. É um absurdo!”, bradou o parlamentar.

O deputado comunista afirmou que o Fundo Partidário deveria ser bancado unicamente pelos impostos da população. “Eu prefiro bancar um fundo partidário do que empresas banquem. Prefiro pagar do meu imposto o Fundo Partidário, do que sair de uma empresa, financiando um deputado, para ele servir à uma empresa”, explicou. Carlos Felipe defendeu ainda que haja uma discussão não apenas quanto aos valores do fundo, mas também quanto à divisão dos valores para os partidos. “Não pode acontecer como aconteceu com o PSL, partido do presidente, que as mulheres pegaram o recurso e tiveram que devolver. Foi uma vergonha para o país”, concluiu.