Ciro disse que iria lutar contra a “novela” entre PT e Bolsonarismo Foto: PDT

Apesar de avaliar como “péssima” a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes voltou a afirmar que a crise econômica pela qual o País passa se deu por conta de “uma estratégia equivocada ainda no Governo Dilma”. Candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, o líder politico disse que vai lutar para evitar que em 2022 se repita a máxima do antipetismo contra o antibolsonarismo.

Ele também criticou os diversos equívocos das manobras política do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, preso por corrupção, em Curitiba, no Paraná. “O Lula tem um problema. Ele está virando um caudilho sul-americano típico. Não se discute mais ideias, mas um salvador da pátria em um País de 210 milhões de pessoas, que estão reféns das imprudências que ele fez”.

Ciro citou uma série de erros atribuídos a Lula, que em sua avaliação culminaram na crise política e econômica pela qual passa o Brasil atualmente. “Não foi ele (Lula) quem escolheu o Geddel (Vieira Lima), aquele dos R$ 50 milhões na mala? Não foram eles que apoiaram o (ex-presidente da Câmara) Eduardo Cunha? O Eduardo Cunha, com o dinheiro roubado de Furnas, virou presidente da Câmara e processou o impeachment da Dilma”.

Para Ciro Gomes, o ex-presidente Lula “apoiou o Sarney contra o Flávio Dino (governador do Maranhão). O Lula impôs a Dilma, que não tinha experiência nenhuma”. Segundo ele, o Brasil está “pagando muito caro por esse culto a personalidade”.

“A (deputada federal) Gleisi (Hoffmann) disse que em 2022 vai ser PT contra Bolsonaro. E essa novela a gente já conhece. E eu vou lutar até o limite de minhas forças contra essa tragédia”, pontuou.

“Eles não foram capazes de fazer uma autocrítica, pois quem produziu esse desastre econômico no Brasil foi o PT. Eles fazem como que o Lula seja do PT e a Dilma eles escondem O (ex-presidente Michel) Temer foi escolha pessoal do Lula. Eles denunciaram o golpe, mas se alinharam com os promotores do golpe,, que são o (senador) Renan (Calheiros) e o (ex-senador) Eunício (Oliveira). E eles pensam que o povo é idiota”.

Segundo disse, apesar de não ter criado a crise pela qual o País passa, Bolsonaro tem agravado a situação “com as bobagens” que vem praticando. Ele citou, por exemplo, os atritos ocasionados pelo atual Governo com países historicamente aliados do Brasil, como China, França, Alemanha e Venezuela.

Apesar das críticas aos erros petistas, Ciro Gomes afirmou que é aliado de várias alas do PT. No pleito do ano passado, o PDT se alinhou às candidaturas majoritárias no Piauí, Bahia e Acre. O pedetista, porém, se ressente de não ter tido ajuda da sigla petista em nenhum estado.

Ele lembrou ainda que no Ceará há uma divisão. “Nossa relação ao PT não é particular, mas o PT é quem garante o Bolsonarismo. Não é nem justo, mas é assim, principalmente, no Sul e Sudeste do Brasil”.