Ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, disse que vai levar a decisão de Barroso à consideração dos demais ministros. Foto/STF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, informou nesta terça-feira (24/9) que vai levar ao Plenário a decisão do colega ministro Luís Roberto Barroso, que autorizou mandados de busca e apreensão no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Senadores não gostaram da decisão e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prometeu recorrer da decisão.

Toffoli recebeu representantes de partidos de oposição que questionaram a decisão de Barroso, que descartou os argumentos da Procuradoria-Geral da República, que foi contra o pedido da PF para realizar buscas e apreensões.

Na reunião com os parlamentares, Toffoli voltou a defender a democracia e o diálogo entre os poderes.

Caso
A PGR havia dito que não há indícios de que o senador Fernando Bezerra Coelho tenha participado dos atos investigados, e, ao contrário, “adotou todas as medidas para manter-se longe deles, de modo que a medida invasiva terá pouca utilidade prática”.

O ministro, por sua vez, alegou que “na criminalidade organizada econômica, porém, o natural é que todos os envolvidos tentem ocultar provas e não evitar deixar registros de seus atos”. “A medida cautelar serve justamente para tentar encontrar documentos mantidos sigilosamente, longe dos olhos do público e das autoridades de investigação.”

Diante da repercussão, o ministro divulgou nota à imprensa em que alega que sua decisão foi “puramente técnica e republicana, baseada em relevante quantidade de indícios da prática de delitos”.

Do site Conjur