A.Capibaribe Neto – Especial para o Blog do Edison Silva.

“A vida, agitada ou mansa, repousa nessa verdade: nos moços, quanta esperança; nos velhos, quanta saudade!”

Pois bem, é verdade da mais pura e mais profunda. Viajando como eu viajo, mundo afora, sem compromisso com datas no chegar e no ficar nessas paragens sempre perdidas em lonjuras inimagináveis, encanto-me com as belezas contadas, cantadas e mostradas nos folhetos que a sofisticação bomba apelidou de “folder”, mas muito além disso, embeveço-me com as pessoas seus costumes, suas roupas, suas atitudes, o respeito pelo país e suas tradições. E discretamente afastado, quase escondido, faço-me mais que anônimo, apontando minhas lentes, principalmente as teleobjetivas de médio e longo alcance, para “pescar” imagens de pessoas bem à vontade, naturais, do jeito que são e sem fazer pose ou se constrangerem com uma câmara apontando em sua direção. Gosto de chegar à noite, depois de um dia inteiro de canseira, caminhando ou viajando em trens, barcos, ônibus, seja lá do que for, e beber muita alegria das fotografias na tela do iPad companheiro, descobrindo detalhes em cada uma delas, como o pombo na foto da fumante, as amigas, viajantes vindas de outros lugares, a chinesa bonita sentada na escadaria de uma praça em Singapura e o rosto sábio de muita saudade acumulada, como se sonhasse com o resto de futuro que ainda tem pela frente.

Texto e Fotos:  A.Capibaribe Neto – Especial para o Blog do Edison Silva