Vereador Sargento Reginauro /Foto: Câmara Municipal.

O déficit habitacional de Fortaleza foi tema, nesta quinta-feira (22), de debate na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). O assunto foi levantado, no Grande Expediente, pelo vereador Sargento Reginauro, que apontou, segundo dados fornecidos pela Prefeitura de Fortaleza ao Tribunal de Contas do Ceará (TCE), que 44% da população da Capital reside em assentamentos precários.

Aqui se fala muito do que está sendo feito mas não se olha para o problema real. 44% da população da cidade reside em assentamentos precários, em condições de vulnerabilidade social, ou seja, mais de um milhão de habitantes e isso também reflete nos índices de violência, que coloca Fortaleza como uma das cidades mais violentas do mundo. Olha o tamanho do nosso problema! Isso é falta de priorização do que é mais importante, uma moradia digna”, afirmou Reginauro.

Em aparte, o líder do Governo na Casa, Ésio Feitosa (PDT), lembrou ao colega que o investimento na área habitacional varia de acordo com a liberação de verba do governo federal, principalmente através do Programa Minha Casa, Minha Vida. “É muito claro que o nível de investimento em Fortaleza varia de acordo com o investimento feito pelo governo federal. Isso explica a variação e quanto ao deficit habitacional é algo histórico e não da gestão do prefeito Roberto Cláudio. O que nós vimos da atual gestão foi um esforço muito grande para diminuir esse deficit na nossa cidade, não é a toa que de 2013 à 2018, mais de 22 mil novas moradias foram entregues na nossa cidade”, defendeu o pedetista.

O vereador Adail Júnior (PDT) cobrou que Sargento Reginauro interceda junto aos parlamentares federais de seu grupo político que têm bom diálogo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), uma vez que o apoio na eleição de 2018, por mais investimento no Programa Minha Casa, Minha Vida, que, segundo Adail, vem sendo esvaziado.

Ésio, em resposta aos dados apresentados por Reginauro, ainda ocupou a tribuna para afirmar que, em seis anos de gestão do prefeito Roberto Cláudio, foram entregues 22 mil unidades habitacionais, com previsão de o número chegar a 30 mil até o final de 2020. Ésio ainda culpou Bolsonaro por ter reduzido os recursos para o financiamento de obras de habitação.

Segundo Ésio, as ações do governo federal na área de habitação repercutem diretamente em Fortaleza, como na falta de recursos para a construção de casas, gerando taxa de desemprego e quebra das empresas de construção civil. “Dada as circunstâncias, acredito que o Roberto Cláudio fez um trabalho brilhante, unido ao governador Camilo Santana, para que o maior número de famílias pudessem ter o direito à moradia garantido”, encerrou Ésio.