O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta sexta-feira (12) a votação em primeiro turno da Reforma da Previdência. A análise em segundo turno terá início no dia seis de agosto.

Após uma semana intensa de articulações e votações, líderes comemoraram a aprovação, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, da reforma da Previdência (PEC 6/19) em primeiro turno. A oposição disse que vai continuar na luta para alterar pontos da proposta no segundo turno.

Ao final da votação desta sexta-feira (12), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, agradeceu os deputados pelo “comprometimento com a democracia”.

Líder do governo, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) celebrou a aprovação em primeiro turno. “Vamos presentear o Brasil com uma Previdência mais justa e sustentável”, sustentou.

Agenda positiva
Muitos parlamentares pediram que a mudança na Previdência seja seguida por alterações nos impostos, além de outros projetos de uma agenda positiva.

Para o deputado Giovani Cherini (PL-RS), ainda não há muito motivo para celebração. “A festa tem que ser na retomada do emprego e no crescimento econômico”, afirmou, destacando a necessidade de uma reforma tributária.

O líder do Podemos, José Nelto (GO), disse que vai reivindicar novas ações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vou cobrá-lo para apresentar uma agente positiva para a Nação, abrindo o capital e gerando riqueza e renda”, comentou.

Ele ressaltou os acordos feitos para beneficiar categorias e retirar da reforma da Previdência trechos relacionados aos trabalhadores rurais e ao Benefício de Prestação Continuada. “Mostramos para o Brasil que podemos apresentar a melhor reforma.”

Para o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o texto é apenas um alicerce para as ações do governo. “Temos ainda uma caminhada, a votação em segundo turno, mas, a partir dali, é com o governo, que terá de entregar suas promessas”, declarou.

Oposição
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), enalteceu a atuação da oposição, que fez destaques e marcou posição. Reiterou ainda que não desistiu de alterar pontos da reforma.

“Não desistiremos de garantir a pensão mínima de um salário mínimo para as mulheres. Essa batalha não está resolvida”, apontou.

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) lamentou a votação de uma reforma que chamou de “antipovo”. “Mas temos fé na luta e na resistência”, ponderou.

Por sua vez, o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), comemorou a união de partidos contrários ao governo Bolsonaro. “Os deputados da oposição saem desse processo maiores do que entraram”, ao ressaltar que parlamentares cobraram uma reforma que não afetasse os mais pobres.

Molon disse ainda que oposição teve vitórias nas conquistas para professores e para homens da ativa.