Deputado Antônio Granja espera que não haja novo adiamento no prazo. Foto: ALECE

A Comissão Especial de Acompanhamento da Transposição de Águas do Rio São Francisco da Assembleia Legislativa do Ceará, que visitou as obras no interior do Estado na última sexta-feira (14), vai levar relatório sobre a transposição e o Cinturão das Águas para o Ministério da Integração. Os parlamentares estão confiantes que haverá recursos para a conclusão do trecho da Transposição no Estado, mas ainda buscam verba para a conclusão do Cinturão das Águas, que levará essa água até o açude Castanhão.

Vice-presidente da comissão, o deputado Antônio Granja (PDT) explicou que oito parlamentares cearenses foram recebidos pelos técnicos do Ministério da Integração e pelas pessoas que estão à frente das obras. Ele disse que aprovado esse ano um projeto de lei no valor de R$ 550 milhões para as obras da Transposição do São Francisco. “Isso é uma coisa muito boa, e para as obras que dizem respeito ao estado do Ceará, que estão praticamente concluídas (tem duas vertentes de obras, uma com 98% e outra com 95%), há a necessidade de R$ 150 milhões. Se não houver nenhum problema, tipo orçamento ou contingenciamento, os recursos estão assegurados e essa é a orientação do Ministério, para tocar a obra em ritmo normal para cumprir o cronograma”, disse.

Cinturão sem garantia de verba

Segundo Granja, de nada adiantará águas chegarem ao Ceará, via transposição, caso não seja terminado o Cinturão das Águas. “No que diz respeito às águas chegando em Missão Velha, que é o último ponto da Transposição, há a necessidade de concluir o Cinturão das Águas. Para isso, há uma necessidade de R$ 170 milhões, dos quais a maior parte desse dinheiro (mais de R$ 100 milhões) é do Ministério da Integração e não está assegurado”, informou.

O parlamentar explicou ainda quais serão as próximas ações da comissão. “A comissão vai fechar o relatório da visita, vamos em um primeiro momento ao Ministério, para que possamos acompanhar passa-a-passo a disponibilização e a liberação desses recursos, para em seguida tentar conseguir os recursos necessários para concluir o Cinturão das Águas, para conseguir fazer com que a água chegue ao Castanhão”, concluiu.

“Se todo esse cronograma físico e financeiro da obra for cumprido, não houver nenhum empecilho, há uma previsão das águas chegarem no açude Castanhão no final de maio de 2020. Só que esse cronograma, ao longo do tempo, desde o final de 2015 já agendaram várias datas, e todos os cronogramas foram descumpridos. E isso tem trazido um prejuízo incalculável ao estado do Ceará, principalmente no agronegócio”, ressaltou ao blog.

Ouça a declaração do deputado: