Foto: Governo da Rússia.

A Juíza Caroline Figueiredo, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, em despacho assinado nesta segunda-feira (13), autorizou a transferência do ex-presidente Michel Temer da sede da Polícia Federal em São Paulo para sala de Estado Maior do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar. Temer estava preso desde a última quinta-feira (09), na sede da PF na Capital paulista acusado de liderar organização criminosa que teria agido durante 30 anos e desviado R$ 1,8 bilhão em contratos do setor público.
 
Após fazer exame de corpo e delito ele foi transferido para a unidade militar e ocupa a sala que era reservada ao subcomandante do Batalhão de Choque Coronel Streifinger, que entrou para a reserva na última semana. A sala possui banheiro privativo e um espaço para reunião. O ex-presidente vai se alimentar com a mesma comida servida para os outros militares do Batalhão.

De acordo com o advogado de defesa Eduardo Carnelós, o pedido para a mudança foi feito na última quinta-feira (9), antes de Temer se apresentar à Polícia Federal (PF). O advogado disse que a Polícia Militar possui sala com as características exigidas pela lei.

Temer e o coronel aposentado João Batista Lima Filho são alvos da Operação Descontaminação, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga desvios da ordem de R$ 1,8 bilhão nas obras da usina nuclear de Angra 3. No dia 21 de março, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e decretou as prisões preventivas de ambos.

Na ocasião, eles foram levados ao Rio de Janeiro, onde ficaram detidos por quatro dias, sendo liberados em 25 de março, conforme liminar concedida pelo desembargador Antonio Ivan Athié. No dia 8, no entanto, a Primeira Turma do TRF-2 derrubou essa liminar por 2 votos a 1. A posição de Athié foi vencida pelos votos dos desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.

Na terça-feira (14) a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), vai analisar  o pedido de liberdade do ex-presidente.

Com informações da Agência Brasil e O Estado de São Paulo