Foto: Assembleia Legislativa.

A sessão solene em celebração ao Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, realizada no Plenário da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (13),  abriu espaço para a discussão sobre a importância da categoria na luta por direitos e nas pautas de políticas nacionais.

O presidente da Assembleia, José Sarto (PDT), reconheceu o “trabalho sacerdotal que é cuidar do ser humano, das carências físicas e psicológicas”. Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB), solicitante da sessão solene juntamente com os deputados Marcos Sobreira (PDT) e Augusta Brito (PCdoB), afirmou que a sociedade tem um débito com os enfermeiros por não dar o devido reconhecimento à profissão.

Felipe destacou que hoje a categoria dos enfermeiros chega a participar até da gestão administrativa de algumas instituições, atingindo outro nível de complexidade em sua função, reforçando a luta por mais direitos. “Sabemos que a categoria é prejudicada, perdemos algumas lutas, mas ganhamos outras”, acrescentou.

A deputada Augusta Brito, que presidiu a solenidade, destacou a ampla maioria de mulheres na categoria. “Não é porque se trata de uma categoria formada por 80% de mulheres que somos fracos. Precisamos mostrar na força e lutar pela garantia dos nossos direitos”, disse.

Para além do leito

A presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben/CE), Ana Valeska Siebra e Silva, cobrou a realização de concurso público para a área, reconhecimento dentro dos hospitais, o cumprimento da carga horária de 30 horas semanais, piso salarial e plano de cargos e carreiras para os servidores estaduais. Ela ainda afirmou que a categoria irá participar das manifestações da próxima quarta-feira (15) “pela Educação do País”. “Somos contra os cortes nas universidades e o recolhimento das bolsas de pesquisa”, afirmou.

A pesquisadora e docente em Saúde Pública da Fiocruz/CE, Amanda Cavalcante Frota, reforçou a atuação dos enfermeiros para além do leito do hospital. Para Amanda, a categoria deve se manifestar contra o assédio moral, ideológico, o machismo, contra as armas, o desarmamento e dialogar com outras profissões nessas lutas. “Queremos um sistema universal, gratuito, humano, e livre de perseguições ou preconceitos”, afirmou.