Cid sentado ao lado do presidente da AL, José Sarto. Foto: Blog do Edison Silva

O senador Cid Ferreira Gomes esteve na manhã desta sexta-feira (31) na Assembleia Legislativa, onde participou de uma audiência pública para discutir os cortes na Educação anunciados pelo governo federal. Ao lado do presidente da Assembleia, José Sarto, e de reitores de universidades e institutos federais instalados no território cearense, ele criticou a forma como Bolsonaro trata o ensino superior no país. “Lamentavelmente, este governo, ou pelo menos o núcleo mais central, enxerga a universidade como um inimigo, como um antro da ideologia de esquerda e, em nome disso, resolveu fazer da universidade um vilão. E isso está na fala, isso está no discurso, isso está na prática e, lamentavelmente, não fica só no discurso. O que se vê, em relação aos percentuais que foram impostos de contingenciamento, de corte, às universidades, é algo nunca visto. O Brasil, desde 2014, vive realmente um momento de crise, isso se reflete para o governo na perda de arrecadação”, disse.

Para o pedetista, que já foi ministro da Educação no governo Dilma, na Educação não se mexe. “Eu não sou defensor da irresponsabilidade fiscal, eu acho que a gente tem que administrar as dificuldades e tem que, muitas vezes, impor o sacrifício onde é necessário. Mas a sabedoria popular compreende que a educação é um setor que deve ser poupado ao máximo”, disse. O senador comparou que, na ‘vida real’, quando é necessário cortar gastos, corta-se em combustível, em qualquer coisa, mas Educação não é alvo de cortes. “Ninguém vai tirar o filho da escola, ninguém vai economizar em livros. E, para piorar o ministro (da Educação) se orgulha de patrocinar esses cortes. Eu nunca vi isso!”, lamentou.

Cid Gomes falou para um Plenário 13 de Maio repleto de parlamentares e militantes pela educação. Foto: Blog do Edison Silva

Cid citou ainda que o percentual de jovens cursando universidade no Brasil é de 18%, bem abaixo inclusive de países vizinhos. Ele criticou o que chamou de clima de campanha existente ainda hoje dentre os que compõem o governo federal. “O que eu enxergo deste governo é que eles acham que continuam em campanha e pretendem se afirmar pela negação, identificar alguns inimigos, entre aspas, e procuram ainda manter a partir de teses geralmente polêmicas, geralmente ridículas, procuram manter o acirramento de ânimos entre os brasileiros. Ninguém governa dessa forma, pelo menos penso eu que não é esse o caminho correto para se governar um país”, afirmou.