O conturbado ambiente político desta semana motivou a alta do Dólar.
A moeda norte americana começou o dia em alta. Na manhã desta sexta-feira (17), após fechar a quinta-feira (16) acima de R$ 4,00, pela primeira vez em quase oito meses, o Dólar comercial estava cotado a R$ 4,087, em alta de 1,26%. Durante a tarde a cotação chegou a registrar R$ 4,1127 na máxima, em alta de 1,91%. Ao fim do pregão, a moeda marcou R$ 4,1002, com elevação de 1,60%.
Essa é a maior cotação de fechamento do dólar no País desde 19 de setembro de 2018, quando terminou a R$4,13, depois da notícia de que, durante as eleições presidenciais, Paulo Guedes estudava a criação de um novo imposto nos moldes da CPMF.
O Ibovespa, o principal índice das ações mais negociadas na bolsa, teve seu terceiro pregão consecutivo de queda, perdendo o nível dos 90 mil pontos. O principal índice de ações do País terminou a sexta-feira aos 89,992,73 pontos, em baixa de 0,04%.
Segundo operadores do mercado, a sequência de notícias políticas negativas e a deterioração das expectativas econômicas levaram os investidores a adotar uma postura mais defensiva, migrando para o dólar.
No mercado interno, os investidores estão cautelosos com os sinais de enfraquecimento da economia brasileira e com as incertezas com o andamento da reforma da Previdência. No exterior, a disputa comercial entre Estados Unidos e China está influenciando o mercado de países emergentes como o Brasil, que teve o Real entre os piores desempenhos das divisas emergentes, evidenciando o peso de fatores domésticos sobre a formação da taxa de câmbio.
Com informações da Agência Estado e Agência Brasil.