O ministro da Justiça, Sergio Moro, chega à Câmara dos Deputados . Foto: Agência Brasil.

Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para prestar esclarecimentos sobre o decreto do governo que alterou a regulamentação da posse de armas (Decreto 9.685/19) e o pacote anticrime (PL 882/19 e outros). Como se trata de convocação, e não convite, o ministro é obrigado a comparecer ao colegiado.

O autor do requerimento de convocação, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), afirmou que não havia motivos para a comissão não aprovar uma convocação de Moro, uma vez que as propostas do pacote anticrime já tramitam na Casa.

“Qual a razão prática de não ser aprovada a convocação? Simplesmente para que a gente tenha uma delicadeza para com o ministro?”, indagou. “O ministro Moro pode ficar tranquilo. Tenho certeza de que o presidente desta comissão [Leonardo Monteiro (PT-MG)] não vai pedir a condução coercitiva dele sem prévia intimação, isso não vai acontecer”, acrescentou Braga.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), por sua vez, questionou o requerimento. Na avaliação dela, a convocação de Moro não é justificável, pois não faz sentido trazer o ministro para falar de um tema (decreto de armas) que não está no projeto. Ela também defendeu que o colegiado aprovasse um convite, e não uma convocação.

“Vários assuntos foram interpostos sem o conhecimento do pacote anticrime. Por exemplo, foi questionado que o Sérgio Moro não falou sobre o sistema prisional, quando, na verdade, o pacote trata só da persecução penal, e o sistema prisional é uma execução penal”, argumentou Zambelli.

Do site da Câmara dos Deputados.