O governo federal pretende conseguir de 320 a 330 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados em dois meses, disse há pouco o presidente reeleito da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Depois de se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia disse ser possível a Câmara aprovar a reforma até maio, e o Senado aprová-la em junho ou julho, caso a base aliada esteja articulada.

Por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa do apoio mínimo de três quintos dos deputados para ser aprovada e enviada ao Senado

Segundo Maia, a base de apoio ao governo ainda está em construção e o atraso na formação da maioria ocorreu em razão do Planalto não ter interferido nas eleições do Congresso Nacional.

“O nosso problema é garantir em dois meses que a reforma tenha 320, 330 votos a favor. Esse é o nosso desafio que a gente começa a trabalhar hoje e a gente espera com apoio de prefeitos e governadores para construir um texto que atenda a todos os poderes”, afirmou Maia.

O presidente da Câmara reafirmou que o importante para aprovação da proposta é garantir o diálogo entre todos os partidos, o espaço da oposição e o respeito ao Regimento da Casa. Ele destacou ainda que a comunicação com a sociedade sobre a importância da reforma é uma das estratégias para conseguir os votos dos parlamentares.

“O problema da reforma não é a reforma, são as mentiras que se falam sobre a reforma. É não deixar que algumas corporações trabalhem com informações falsas”, disse Rodrigo Maia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não quis antecipar detalhes da proposta, mas afirmou que o texto ainda precisa passar pelo aval do presidente Jair Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia. Segundo Guedes, a expectativa é que a reforma da Previdência garanta uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos. “A previdência tem sido uma fábrica de desigualdades, ela perpetua privilégios e acentua desigualdades. O importante é que tenha potência fiscal”, disse Guedes.

Com informações da Agência Brasil e da Câmara dos Deputados.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil .