Índia revela cores e histórias.

Por A. Capibaribe Neto – Índia, experiência única.

A Índia é o sétimo país do mundo em extensão territorial: 3 milhões e 280 mil quilômetros quadrados. Ali se falam mais de 400 idiomas dialetos, pertencentes principalmente a duas famílias linguísticas, a indo-ariana e dravídica, além do inglês. O país geograficamente falando, pertence ao hemisfério Oriental, visto que está totalmente localizado a leste do meridiano de Greenwich. Distribuídos pelos 28 estados que compõem a República Democrática Parlamentarista da Índia, vivem 1 bilhão e 150 milhões de habitantes (80% hindus,13% muçulmanos, 2,3% cristãos e 1,9% sikhs.

A fé dos indianos se volta para um números infinito de deuses, mas os mais reverenciados são Shiva, Ganesha, Vishnu, Brahma, Rama Sita, Parvati. Existem castas muito distintas asparão as classes sociais indianas: os brâmanes (sacerdotes e letrados) nasceram da cabeça de Brahma; os xátrias (guerreiros) nasceram dos braços de Brahma; os vaixás (comerciantes) nasceram das pernas de Brahma; os sudras (servos: camponeses, artesãos e operários) nasceram dos pés de Brahma. Existiriam o dálits, mas esse termo por ser muito pejorativo e humilhante para ser aceito nos dias de hoje, foi abolido, mas ódio utilizado pela primeira vez no final do século XIX, pelo ativista Jyotirao Phule, para designar como “shudras” os trabalhadores braçais, considerados pelos escritos bramani, sobretudo Manava Dharmashas tra como intocáveis e impuros, termo que deriva de uma palavra em sânscrito que significa tanto chão quanto feito em pedaços, determinando que a condição dos dalits é a de oprimido e portanto não podem reverter essa situação.

Uma das mais relevantes personalidades Dalits do século XX foi Dr. Ambedkar, jurista e primeiro ministro da justiça da Índia livre. Boa parte da resistência dos Dalits no século XX advém de sua herança intelectual. Dentre os instrumentos constitucionais que a ele são devidos, consta a liberdade religiosa e proibição da intocabilidade – embora, na prática, muito preconceito ainda esteja vigente, mesmo nos dias de hoje.

Visitar a Índia não é uma alternativa fácil sob todos os aspectos: a distância, a dificuldade de comunicação, a culinária e a cultura de seu povo. Claro que existem as agências de turismo para facilitar a vida de quem se encanta com o país que tem um indiscutível e majestoso patrimônio da humanidade, o Taj Mahal, mas a Índia não é só Agra, onde fica esse palácio de mármore. Os passeios turísticos programados pela Índia facilitam os tours por Mumbai, Nova Délhi, mas as demais belezas dos cenários de sua história milenar por enquanto são para os olhos lentes de aventureiros atrevidos.

Texto e Fotos; A. Capibaribe Neto.