Proximidade com Luizianne afastou Elmano da liderança de Camilo na AL Foto: Assembleia Legislativa

O deputado Elmano de Freitas (PT) pode até apontar outras razões para não ser ele o líder do Governo na Assembleia Legislativa, mas por certo o principal empecilho foi a participação do PT na disputa pela sucessão do prefeito Roberto Cláudio (PDT), no próximo ano. A deputada federal Luizianne Lins (PT) é candidata novamente à Prefeitura de Fortaleza. E Elmano, no agrupamento petista, é mais aliado de Luizianne do que do governador Camilo Santana (PT), cuja posição no próximo pleito, sem dúvida não encampará a candidatura da deputada, pois o principal grupo aliado do Governo, o do PDT, vai querer continuar comandando a maior Prefeitura do Estado.

Pode-se até dizer que está distante a próxima disputa municipal, em outubro de 2020. E realmente está, embora não para os políticos. O candidato do prefeito Roberto Cláudio vai ser o principal adversário para todos os demais postulantes, notadamente para Luizianne e o deputado federal Capitão Wagner (PROS). A Assembleia Legislativa, já no segundo semestre deste ano, será palco de discussões de problemas de Fortaleza, com objetivos eleitorais, exigindo do líder do Governo, em alguns momentos, manifestações que por hipótese alguma poderão desagradar a maior bancada de sustentação da administração estadual, no caso a do PDT, aliada ao PP e ao PSD.

Elmano foi candidato a prefeito de Fortaleza, apresentado por Luizianne Lins para sucedê-la. Ele disputou com o prefeito Roberto Cláudio. É natural o seu total engajamento numa campanha de Luizianne. Como líder, qualquer sinalização que fizesse em favor dela deixaria o governador Camilo Santana em situação desconfortável, qualquer que seja a posição que ele adote no pleito. Ao governador não interessa a exposição da sua administração por conta de um posicionamento político do seu líder.